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Compra na Temu ou na Shein? Estes produtos podem ficar mais caros em breve

Cada cidadão da União Europeia compra, em média, cinco produtos em websites chineses por ano

A Comissão Europeia planeia impor direitos aduaneiros aos produtos vendidos por websites chineses como a Temu ou Shein. O objetivo é travar o aumento da chegada de produtos que Bruxelas entende serem de qualidade inferior, e que se têm espalhado pelo mercado.

A proposta, segundo o Financial Times, deverá ser apresentada ainda este mês, sendo uma das ideias o fim da isenção de direitos aduaneiros sobre produtos até 150 euros. Na prática isso poderá levar a um aumento do preço final, nomeadamente porque os custos de envio para o distribuidor devem aumentar.

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Apesar de não ser oficialmente contra empresas em específico, o objetivo passa por atingir os negócios de três empresas em concreto: as plataformas Temu e AliExpress, onde se pode comprar tudo e mais alguma coisa, e a retalhista Shein, que vende roupa a preços mais acessíveis.

Só para se ter uma ideia, no ano de 2023 chegaram à União Europeia 2,3 mil milhões de itens abaixo do limite de 150 euros. O mesmo é dizer que, em média, cada um dos cidadãos dos 27 Estados-membros comprou cinco artigos através destas plataformas.

Uma realidade que se transportou para este ano, e que também se explica, em parte, pela facilidade das empresas chinesas em enviarem bens de forma mais barata por via aérea.

Embora o objetivo seja controlar a importação de bens vindos da China, a proposta da Comissão Europeia aplica-se a todas as lojas fora da comunidade. Não será o caso da Amazon, por exemplo, uma vez que a empresa com sede nos Estados Unidos tem centros de distribuição em espaço europeu.

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Esta não é, de resto, uma ideia nova, mas pode ganhar novo fôlego com a tomada de posse dos novos cargos, ainda que na Comissão Europeia a organização permaneça semelhante, com Ursula von der Leyen à frente.

Um dos problemas a enfrentar para a aprovação é a sobrecarga nas alfândegas, já de si esgotadas. Será um dos pontos a favor dos países que podem levanter objeções à aprovação da medida.

Produtos cosméticos, brinquedos, aparelhos elétricos ou roupas estão entre os produtos sobre os quais foram reportados mais problemas de segurança, sendo que o número de produtos considerados perigosos a entrar na União Europeia duplicou de 2022 para 2023, passando para 3.400.

O grupo industrial Toy Industries of Europe acusou diretamente a Temu, afirmando ter encontrado vários problemas nos 19 brinquedos comprados naquele website: nenhum cumpria os requisites comunitários, sendo que 18 apresentavam mesmo riscos de segurança. A Temu acabou mesmo por garantir que nenhum desses produtos continuava disponível em espaço europeu.

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