Os trabalhadores da TAP querem ver eliminados os cortes salariais impostos pelos Acordos Temporários de Emergência (ATE) assinados com a companhia aérea no início de 2021.
Segundo noticia o Diário de Notícias, os resultados do primeiro trimestre dão força ao pedido dos vários sindicatos que representam os pilotos, tripulantes, engenheiros, manutenção e pessoal de terra da empresa pública.
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Ouvidos na terça-feira no parlamento, na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, numa audição pedida pelo PCP, as estruturas sindicais apontaram o dedo à transportadora de bandeira acusando os ATE de estarem já desenquadrados face à atual operação.
"Os ATE estão desajustados porque as previsões feitas nesses planos para o mercado eram pessimistas. [Segundo as perspetivas] estaríamos agora com uma operação de 70% e não é verdade, estamos com 90%. Dizia-se que a recuperação económica seria muito menor do que aquela que se verificou no primeiro trimestre. Os salários devem ser repostos", defendeu a coordenadora da Comissão de Trabalhadores TAP, Cristina Carrilho, citada pelo DN.
A Plataforma de Sindicatos de Terra do Grupo TAP alertou para uma revisão das estimativas, indicando que a operação da TAP está a 110% considerando que a empresa tem agora menos "19% dos aviões e menos 21,5% das pessoas do que em 2019" assegurando que a companhia está a operar "muito acima da capacidade" não se compreendendo, portanto, que esteja a ser feito um sacrifício "hercúleo dos salários com uma retoma acima de 2019".
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