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“Ele alvejou-me!”: o grito de uma menina de 9 anos fatalmente ferida quando corria para os braços da mãe

ESTADOS UNIDOS. T'yonna Major, de nove anos, foi morta no decurso de uma série de disparos em Orlando, no Estado da Florida, EUA, a 22 de fevereiro.

Uma menina de 9 anos, que ficou fatalmente ferida quando um homem armado invadiu a casa da sua família na Flórida, nos Estados Unidos, disse à sua mãe: "Ele alvejou-me!". De acordo com a declaração de detenção emitida este terça-feira, a criança disse-o quando corria pedindo ajuda.

Segundo os investigadores, o suspeito, Keith Moses, é acusado de matar uma mulher na manhã de 22 de fevereiro - o que fez equipas de jornalistas acorrer ao local. Horas mais tarde, na vizinhança a oeste de Orlando, o homem disparou sobre T'Yonna Major e sobre a sua mãe, saindo da casa depois para disparar fatalmente contra um repórter e ferir outro jornalista, ainda de acordo com a declaração do mandado de captura.

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O documento do tribunal diz que a mãe de T'Yonna estava a dormir uma sesta quando o agressor entrou no terraço das traseiras e depois na casa. Antes, a mãe tinha dito a T'Yonna que juntasse os seus “artigos de dança” para que pudesse estar pronta quando o seu pai chegasse a casa. A mãe não foi identificada pelos agentes da lei.

A mãe “disse que acordou com T'Yonna Major a gritar "ELE ALVEJOU-ME!”, enquanto corria para o seu quarto e saltava para a sua cama”, escreve o detetive Brian Savelli, do Gabinete do Xerife do Condado de Orange, no documento do tribunal.

Quando a mãe acordou, ouviu dois tiros e “sentiu que tinha sido alvejada no braço”, continua o documento. A mãe agarrou então a sua filha e barricou-se na casa de banho até chegarem os serviços de emergência.

Ambas foram levadas para um hospital, onde a criança morreu. O documento do tribunal diz que T'Yonna foi alvejada duas vezes no tronco.

Dois jornalistas do “Spectrum News 13” de Orlando, que estavam a cobrir o tiroteio inicial, foram alvo de tiros quando o agressor saiu de casa, diz o documento - ajustando uma linha do tempo dos incidentes anteriormente divulgados pelo gabinete do xerife.

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Segundo a declaração juramentada, minutos após a chegada da equipa de reportagem, o jornalista Dylan Lyons foi alvejado enquanto estava no banco da frente do Ford Escape da equipa. Morreu num hospital menos de uma hora depois. Segundo a estação, uma filial da CNN, Lyons tinha 24 anos de idade.

Dylan Lyons. Fotografia Spectrum News 13

O fotojornalista Jesse Walden foi encontrado ferido perto da bagageira da carrinha. No rescaldo inicial, as autoridades tinham dito que os jornalistas tinham sido baleados antes da rapariga e da sua mãe.

Nathacha Augustin, 38 anos, foi morta no tiroteio inicial, cerca de cinco horas antes dos outros assassinatos. Ela foi encontrada à porta de um Hyundai que tinha sido conduzido por um primo de Moses, diz a declaração.

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De acordo com uma declaração juramentada anterior, o primo disse que conduzia com a mulher no seu carro e tinha dado boleia a Moses. O suspeito entrou no lado de trás do passageiro e sentou-se atrás da mulher.

Menos de um minuto depois, o primo disse que “ouviu um estrondo”, diz a declaração j. O suspeito fugiu quando o motorista encostou para chamar o 911 [o equivalente ao 112 nos Estados Unidos], diz o documento do tribunal.

A nova declaração de detenção acrescenta que T'Yonna descreveu o seu assassino e que uma testemunha partilhou o vídeo de telemóvel do atirador.

Moses, de 19 anos, foi detido cerca de 20 minutos após os disparos na terceira cena, relata a linha do tempo na declaração juramentada. Os investigadores recuperaram uma pistola Glock de calibre .40 usada no tiroteio, segundo as autoridades.

Keith Melvin Moses. Gabinete do Xerife de Orange County/AP

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Acusações adicionais

Moses alegou inicialmente estar inocente face a uma acusação de homicídio em primeiro grau. As autoridades acrescentaram na terça-feira duas acusações de homicídio em primeiro grau, duas acusações de tentativa de homicídio em primeiro grau e acusações de roubo. Moses estava agendado para comparecer em tribunal, mas o seu advogado renunciou ao seu direito devido a “comportamento”.

Num formulário chamado “Aconselhamento ao arguido, primeira comparência”, na linha para a assinatura de Moses constava "incapaz de assinar".

“Foi extremamente importante apresentar estas acusações", disse o Xerife John Mina numa conferência de imprensa na terça-feira. As autoridades não descobriram um motivo, diz a declaração.

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