O ativista bielorrusso Siarhei Tsikhanouski foi condenado a 18 anos de prisão por organizar protestos e incitar ao ódio, noticia a agência Reuters.
Tsikhanouski é casado com Sviatlana Tsikhanouskaya, a líder da oposição contra Aleksandr Lukashenko, no poder desde 1994. A ativista de 39 anos reagiu à sentença do marido na rede social Twitter.
PUB
“O meu marido, Siarhei Tsikhanouski, foi condenado a 18 anos de prisão. O ditador (Lukashenko) vinga-se publicamente nos seus opositores mais poderosos. Enquanto esconde prisioneiros políticos em julgamentos ocultos, ele espera continuar as repressões em silêncio. Todo o mundo vê. Não vamos parar”, escreveu Tsikhanouskaya na sua conta pessoal.
My husband, Siarhei Tsikhanouski, is sentenced to 18 years in prison. The dictator publicly takes revenge on his strongest opponents. While hiding the political prisoners in closed trials, he hopes to continue repressions in silence. But the whole world watches. We won't stop. ✊ pic.twitter.com/hdnHj8y6HZ
— Sviatlana Tsikhanouskaya (@Tsihanouskaya) December 14, 2021
Tsikhanouski foi detido em maio de 2020 num protesto antigovernamental, depois de ter sido impedido de participar nas eleições. A sua detenção, contudo, gerou uma onda maior de manifestações contra o processo eleitoral, considerado fraudulento pela oposição.
PUB
Lukashenko, que negou as acusações, ainda não comentou publicamente a sentença decretada ao ativista.
Para além do marido de Tskikhanouskaya, outros cinco ativistas foram condenados a sentenças que vão dos 14 aos 16 anos de cadeia.
O secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, condenou as sentenças e pediu a libertação dos opositores do regime.
"Estas sentenças são mais uma prova do desrespeito do regime pelas obrigações internacionais, bem como pelos direitos humanos e liberdades fundamentais dos bielorrussos. O povo bielorrusso merece melhor”, declarou Blinken.
PUB