A Guarda Costeira da China (GCC) efetuou esta terça-deira uma missão de patrulhamento em águas territoriais ao largo das Ilhas Diaoyu, de acordo com uma declaração online da CCG, noticiada pela televisão estatal chinesa.
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Ilhas Diaoyu é a denominação chinesa para um conjunto de cinco ilhas e alguns rochedos cuja jurisdição é japonesa, e às quais os nipónicos chamam Ilhas Senkaku. Trata-se de território não habitado, no extremo sul do Japão, e integrado sob a autoridade da Prefeitura de Okinawa desde finais do século XIX. Entre a II Guerra Mundial e 1972, a administração das ilhas esteve entregue aos EUA, que as devolveram aos nipónicos em 1972. Desde então, a China tem reclamado o território como seu.
A China tem progressivamente aumentado a sua presença militar na região, com patrulhas conduzidas pela sua Armada e voos da sua Força Aérea. Desde 2013, Pequim incluiu estas ilhas na sua Zona de Identificação de Defesa Aérea no Mar da China Oriental. Segundo a China, nenhuma aeronave pode sobrevoar este território sem a sua autorização.
Posição estratégica e águas ricasA localização das Ilhas Senkaku é estratégica, no Mar da China Oriental, entre o Japão, a China e Taiwan, que também reclama aquele território como sendo seu. Pelas suas águas passam importantes rotas de comércio marítimo, e ricos bancos de pesca. Há ainda a expectativa de que a zona seja rica em reservas de petróleo - e tudo isto torna aquelas ilhas objeto de cada vez maior interesse das três partes que reivindicam a soberania sobre o seu território e águas.
Face às repetidas intrusões chinesas nas águas territoriais das Senkaku, as autoridades de Tóquio têm reforçado a defesa de Okinawa, a região mais a sul do Japão e mais perto das ilhas disputadas. Naquele local estão diversas bases militares dos EUA, e tem crescido a presença de tropas das Forças de Auto-Defesa do Japão (FAD, nome das Forças Armadas nipónicas). Para além do aumento da presença de militares japonesas, a defesa de Okinawa foi reforçada com sistemas de mísseis.
As autoridades japonesas ainda não reagiram à missão de patrulhamento desta terça-feira anunciada pela Guarda Costeira da China.
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