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Em vésperas de regresso às negociações, movimento de professores apela à união dos sindicatos: "É tempo de procurar pontos de contacto e não pontos que separam"

Missão Escola Pública pede às diferentes estruturas sindicais que se apresentem ao ministro da Educação, Fernando Alexandre, com uma “proposta conjunta e única” para a reposição do tempo de serviço, que, defendem, tem de avançar já este ano

O movimento cívico de professores Missão Escola Pública está preocupado com a “falta de sintonia” entre o ministro da Educação e o ministro das Finanças quanto à data para o início da reposição do tempo de serviço aos professores. Por isso, o movimento emitiu um comunicado que enviou aos sindicatos e ao gabinete de Fernando Alexandre a apelar à união dos sindicatos. No documento, pedem às estruturas sindicais que se apresentem no Ministério da Educação, esta sexta-feira, com “uma proposta conjunta e única”.

O movimento defende que o tempo de serviço congelado “tem de ser começado a restituir ainda este ano, sob pena de tudo não passar de uma manobra de diversão perante uma classe que tão maltratada tem sido pelos sucessivos governos”. A posição vai ao encontro da defendida pelo ministro da Educação, mas diverge daquilo que Miranda Sarmento disse no Parlamento, onde apontou para o início da reposição do tempo de serviço só em 2025.

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“Não dar prioridade a esta matéria é querer continuar a luta do último ano e meio. Esta deverá ser uma das primeiras medidas implementadas pelo atual Governo, sem desprestigiar outras, tendo em conta que foi bandeira de campanha eleitoral”, pode ler-se no documento emitido pelo movimento Missão Escola Pública.

“Este é o tempo de procurar pontos de contacto entre as diversas estruturas sindicais da Educação e não o de encontrar os pontos que as separam. O único objetivo deve ser o de defesa dos interesses do grupo profissional que representam, de forma inequívoca e imediata”, apela o movimento.

No documento, o grupo diz ainda que “caso a primeira tranche da restituição desse tempo não se venha a verificar ainda durante este ano, a Missão Escola Pública reserva-se o direito de partir para novas ações de luta, por iniciativa própria, não desmerecendo todas as que forem marcadas por todos os sindicatos da Educação”.

Em declarações à CNN Portugal, Cristina Mota, porta-voz do movimento, dá como exemplo de ações que podem promover “concentrações, manifestações - nas ruas e à porta das escolas -”, assim como “ações de reflexão sobre o estado da Educação, de forma a consciencializar a opinião pública e a sociedade para os problemas que temos em mãos”.

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