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(aviso: a imagem deste artigo é uma história por si só) PP pediu dois anos e seis pactos de Estado ao PSOE. Resposta: não

ESPANHA Feijóo está estupefacto com o comportamento de Sanchéz. Sanchéz deixa sorridente quem deseja a geringonça de esquerda, extrema-esquerda, regionalista, nacionalista e independentista

O presidente do Partido Popular (PP) espanhol, Alberto Núñez Feijóo, anunciou que propôs a Pedro Sánchez “seis grandes pactos de Estado” e que os socialistas viabilizassem um governo dos populares para uma legislatura de dois anos, o tempo para pôr em marcha esses acordos. Passado esse período, o PP comprometia-se a convocar novas eleições. Feijóo disse que o líder dos socialistas, Pedro Sánchez, recusou a proposta.

Feijóo afirmou ter proposto pactos para reformas que considera serem necessárias no país, relacionadas, entre outras áreas, com a sustentabilidade do serviço público de saúde, as pensões, a gestão da água, a reorganização de instituições como o Senado, “o saneamento” económico ou a independência do poder judicial. Segundo Feijóo, o líder do PSOE, que é também o atual primeiro-ministro em funções, recusou esta proposta e “prefere fazer acordos com independentistas” e “negociar amnistias e referendos”. O presidente do PP referia-se às exigências de forças políticas catalãs para a viabilização de um novo governo de esquerda em Espanha, relacionadas com os condenados e acusados pela justiça pela tentativa de autodeterminação da Catalunha de 2017, para quem pedem uma amnistia.

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Feijóo, que venceu as eleições legislativas de 23 de julho, não tem uma maioria e apoio no parlamento que lhe garanta a investidura como primeiro-ministro. “Constatei a recusa do secretário-geral do partido socialista à proposta de igualdade de todos os espanhóis”, afirmou Feijóo, que acrescentou que Sánchez está disposto a aceitar as “exigências de partidos minoritários e que não respeitam a Constituição” para continuar à frente do Governo do país.

Feijóo sublinhou que PP e PSOE obtiveram mais de 60% dos votos nas últimas eleições e que os partidos que defendem a Constituição e a integridade territorial de Espanha superaram os 90%, sendo “incompreensível” que os separatistas, que tiveram 6%, “possam condicionar a governabilidade e decidir as políticas de Estado”.

A reunião entre Feijóo e Sánchez durou um pouco menos de uma hora e os socialistas ainda não comentaram a proposta do líder do PP. A reunião, em Madrid, ocorreu a pedido de Feijóo, que assim iniciou uma ronda de contactos com outros líderes partidários com o objetivo de reunir apoios para a eventual investidura como chefe do Governo numa votação no plenário dos deputados agendada para 26 e 27 de setembro.

O PP foi o partido mais votado nas eleições de 23 de julho e o Rei de Espanha indicou na semana passada Feijóo como candidato a primeiro-ministro. O PSOE tem dito que a investidura do líder do PP como primeiro-ministro pelo parlamento está “condenada ao fracasso” e assegura que, apesar de ter sido o segundo partido mais votado, tem condições para voltar a formar governo, com os votos dos deputados de uma ‘geringonça’ de forças de esquerda, extrema-esquerda, regionalistas, nacionalistas e independentistas.

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