A pintora portuguesa Paula Rego, que morreu esta quarta-feira, tinha sido considerada uma das 25 mulheres mais influentes do ano de 2021 pelo jornal inglês Financial Times.
"Tento obter justiça para as mulheres... pelo menos nas pinturas... Vingança também” foi a frase de Paula Rego que serviu de partida ao perfil traçado por este jornal.
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"Vingança é uma palavra forte, mas as imagens obsessivas desta artista possuem um poder enorme, muitas vezes inquietante", escreveu Jan Dalley no perfil que fez da artista portuguesa, recordando que Paula Rego cresceu numa família religiosa e "profundamente convencional" e, depois, mudou-se para Londres onde continuou a lutar pelos seus direitos no mundo da arte, dominado por homens. E apesar de tudo, "Rego tornou-se provavelmente a pintora figurativa mais significativa dos nossos tempos", escreveu o FT.
"As suas imagens intensas e contundentes - sombriamente sexuais, profundamente sinistras, repletas de drama, violência e simbolismo" inspiram-se "na fantasia e no mito" e, ao mesmo tempo, celebram "a esplêndida riqueza da vida".
Em 2021, Paula Rego realizou uma série de exposições importantes, entre as quais a "impressionante retrospetiva de cem trabalhos" na Tate Britain. Como disse a curadora Elena Crippa, na altura: “Tenho dificuldade em pensar num pintor importante, especialmente na Grã-Bretanha, onde não encontre uma relação com a Paula”.
Esta foi a lista das 25 mulheres mais influentes do mundo para o FT (a numeração não reflete qualquer ordem de importância):
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