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Papa adia viagem a África "a pedido dos médicos"

Francisco tem-se deslocado em cadeira de rodas

O Vaticano anunciou esta sexta-feira que o Papa Francisco vai adiar a viagem à República Democrática do Congo e ao Sudão do Sul, agendada para o próximo mês, devido aos problemas recorrentes com o joelho.

O adiamento da viagem foi feito "a pedido dos médicos e de forma a não colocar em risco os resultados da terapia a que tem sido submetido para o joelho", revelou o Vaticano em comunicado, acrescentando que o Papa Francisco lamenta o adiamento da viagem e que quer reagendá-la para uma data ainda por definir.

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O Vaticano não especificou, até ao momento, de que problemas sofre o Papa Francisco no joelho: numa entrevista ao Corriere della Sera, no início de maio, Francisco disse apenas que tinha feito uma rotura de ligamentos e que lhe tinha sido prescrita uma série de injeções. Entretanto, tem ironizado com os problemas de saúde, chegando mesmo a brincar com a situação dizendo a um fiel que o interpelava: "Sabe o que era bom para a minha perna? Tequila".

A viagem do Papa à República Democrática do Congo e ao Sudão do Sul deveria decorrer de 2 a 7 de julho. Além dos momentos de oração coletiva, Francisco iria encontrar-se com altos responsáveis dos dois países e visitar campos de refugiados, estando previstas deslocações a Kinshasa e Goma, na República Democrática do Congo, e a Juba, no Sudão do Sul.

Há cerca de um mês, o Papa Francisco começou a usar cadeira de rodas, alegando já que os problemas no joelho direito o impediam de caminhar ou ficar de pé durante longos períodos de tempo, tendo cancelado uma viagem ao Líbano que estava marcada para meados do mês de junho.

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Os rumores sobre a renúncia

Nas últimas semanas circularam rumores de que o Papa poderá estar a preparar-se para abdicar: Francisco anunciou que visitará a cidade italiana de L'Aquila a 28 de agosto deste ano para celebrar uma missa, imitando o Papa Celestino V, o primeiro que renunciou. 

Além deste anúncio, o Vaticano também revelou que Francisco convocou um consistório para nomear 21 novos cardeais a 27 de agosto, um dia antes da visita a L'Aquila. Sabe-se que 16 desses 21 novos cardeais terão menos de 80 anos, sendo elegíveis para votar num possível conclave para eleger o próximo Papa. Se tal acontecer, 83 dos 132 cardeais terão idade para votar, havendo maior probabilidade de chegarem a um consenso para encontrarem a nova figura central da Igreja Católica.

O facto de estes dois acontecimentos ocorrerem em agosto também tem alimentado as especulações: nesse mês o Vaticano costuma estar de férias, apenas realizando atividades essenciais.

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