Quando entraram em casa, os agentes da PSP depararam-se com vestígios de sangue por toda a casa, em especial na casa de banho. A polícia acredita que enquanto a vítima deambulava pela casa já ensanguentada, o agressor continuou com atos de violência - trata-se de um caso raro até para os agentes da autoridade que no domingo resgataram a mulher de casa, em Almada, e a conduziram ao hospital onde se encontra em coma induzido. O que viram era "um cenário de destruição absoluta", segundo fonte policial à TVI.
Segundo as autoridades, o homem, de 40 anos, chegou a casa já de noite no domingo e pediu 200 euros à vítima, uma mulher de 37 anos. Ainda segundo as autoridades, o suspeito tem um problema de adição a drogas. De acordo com as autoridades, a vítima disse dito que ia levantar o dinheiro e foi nesse momento que começaram as agressões.
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Na habitação encontravam-se cinco menores, quatro de um anterior relacionamento da mulher e um bebé de 11 meses, filho do casal. Perante as agressões, uma das crianças, com 14 anos, fugiu com os irmãos mais velhos, de 11 e 9 anos, de pijama, e pediu ajuda num restaurante. "Por favor, ajudem-me! A minha mãe está morta". Em casa ficaram apenas uma menina de seis anos e o bebé.
Os vizinhos tentaram entrar na casa, sem sucesso. A polícia também não conseguiu, pois o suspeito fechou a porta. Foi preciso entrar por uma varanda de um vizinho. A mulher encontrava-se prostrada na cama com o bebé ao lado.
O alegado agressor encontra-se detido preventivamente. Este é o primeiro episódio de violência doméstica de que há registo deste homem. Mas não será o primeiro. A vítima já teria confidenciado a uma pessoa próxima que o companheiro a maltratava e tinha muitos ciúmes do bebé. Depois do nascimento, as discussões terão aumentado.
A mulher já teria sido vítima de violência doméstica numa anterior relação (que não o pai dos filhos) e teria vivido numa casa-abrigo.
As quatro crianças mais velhas foram entregues ao pai e o bebé, apesar de não ser seu filho, também ficará à sua guarda.
A mulher encontra-se internada no hospital de Almada em coma induzido. O prognóstico é reservado.
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