São chamados de pinípedes, nerpas ou focas-de-baical, mas são mais conhecidas por focas da Sibéria e são animais que não são fáceis de fotografar. Que o diga Dmitry Kokh, fotógrafo russo, que viajou por duas vezes até ao lago Baikal, na Sibéria, para tentar apanhar os pequenos animais numa fotografia.
À CNN Portugal, o fotógrafo revela que o principal objetivo era "encontrar e fotografar a foca-de-baical debaixo de água, no seu habitat natural" e que já o tinha tentado fazer há dois anos, em novembro, mas que não o tinha conseguido fazer.
PUB
Por isso, voltou a tentar, desta vez em abril deste ano, quando a primavera siberiana começa a derreter a neve e as focas começam a vir à superfície. E foi aí que o encontro se deu.
"As focas-de-baical são muito tímidas, mas não as mais novas! As fêmeas nerpa deram à luz em março, em tocas cobertas de neve no gelo. Os filhotes recém-nascidos estão cobertos de pêlos brancos, ainda não sabem nadar e não é possível chegar perto sem os colocar em perigo. Em poucas semanas, o pêlo fica cinza e o filhote está pronto para explorar as profundezas do lago e o mundo mágico abaixo do gelo", afirma Dmitry.
PUB
Com a ajuda de um cão treinado para encontrar focas, Pulka, o fotógrafo encontrou um buraco no gelo e conseguiu fotografar as nerpas debaixo de água, no meio do lago, no seu habitat natural.
"Depois de alguns mergulhos e dos fortes esforços do Pulka, consegui atingir o objetivo. Enquando me aproximava lentamente do buraco de gelo por baixo, vi algum movimento ali e, então, um nariz curioso", relembra Kokh.
O encontro entre o filhote de foca e o fotógrafo russo acabaria por durar mais de 15 minutos e render a Dmitry Kokh as fotos que lhe tinham escapado em novembro de 2020.
PUB