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Lagarde pede ao Comité de Ética do BCE que avalie conduta de Centeno

A presidente do BCE revelou que pediu ao Comité de Ética do banco central que avaliasse a conduta de Mário Centeno, após ser questionada por vários deputados do Parlamento Europeu

Christine Lagarde pediu ao Comité de Ética do Banco Central Europeu (BCE) para avaliar a conduta e eventual conflito de interesse de Mário Centeno, depois de o governador do Banco de Portugal ter sido proposto por António Costa para lhe suceder como primeiro-ministro, e Centeno ter primeiro afirmado e depois corrigido, sido convidado para o cargo pelo Presidente da República.

“Recebi cartas sobre o assunto de deputados deste Parlamento” e “pedi ao Comité de Ética do BCE que analisasse o assunto”, revelou Chirstine Lagarde, esta segunda-feira, no seguimento da sua intervenção no Parlamento Europeu, após ser questionada sobre o caso pela eurodeputada Lídia Pereira, do grupo do Partido Popular Europeu.

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A presidente do BCE referiu ainda que, após receber o relatório de avaliação, tomará uma posição sobre o assunto. “Responderei após receber a avaliação do Comité de Ética.”

Sem querer fazer mais comentário sobre a matéria, a líder do BCE sublinhou que “a independência dos membros do BCE para tomarem decisões é essencial para atingir o seu mandato, e isso obriga a que todos os decisores políticos do BCE se regem pelos mais elevados padrões de ética.”

Christine Lagarde lembrou ainda que “o BCE tem em vigor, para os seus mais elevados membros, um forte código de conduta e um dedicado comité de ética para assegurar que as regras de ética são implementadas de forma adequada e coerente.”

Recorde-se que, recentemente, a conduta de Mário Centeno foi avaliada pela Comissão de Ética do Banco de Portugal que deliberou que, na sequência do convite dirigido por António Costa para liderar o Governo, “no plano subjetivo, [Mário Centeno] agiu com a reserva exigível naquelas concretas circunstâncias, cumprindo os seus deveres gerais de conduta”.

No entanto, o órgão composto por Rui Vilar, Rui Leão Martinho e Adelaide Cavaleiro admitiu que, “no plano objetivo, os desenvolvimentos político mediáticos subsequentes podem trazer danos à imagem do Banco de Portugal”.

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