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Marcelo garante que não tinha conhecimento dos custos enormes para o palco do Papa e pede respeito pela "visão simples" de Francisco

O chefe de Estado revela ainda que apenas foi informado "informalmente" do valor da obra pelos jornalistas

O Presidente da República garantiu esta quinta-feira não ter tido qualquer informação acerca do custo do polémico altar da Jornada Mundial da Juventude e que só teve conhecimento das dimensões do palco na semana passada. 

Em declarações aos jornalistas no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, o chefe de Estado mostrou-se certo de que "há de chegar uma altura em que será explicado efetivamente como é que será o conjunto de despesas" com o encontro católico que Portugal vai acolher em agosto.

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O Presidente da República, que falava a propósito da polémica sobre os cerca de cinco milhões de euros adjudicados para a construção de um altar-palco em Lisboa para receber o Papa, referiu que "há um montante muito superior a esse que o Estado português reservou para as jornadas", de 36,5 milhões de euros.

O Presidente da República afirmou esta quinta-feira esperar que as cerimónias da Jornada Mundial da Juventude em Portugal respeitem o período atual e a "visão simples, pobre, não triunfalista" do Papa Francisco.

"Ele próprio é o exemplo de uma forma de ser e de pensar que, mesmo que não estivéssemos em guerra e mesmo que não estivéssemos na situação social em que nos encontramos, convida à simplicidade", defendeu Marcelo Rebelo de Sousa.

As despesas também "correm pela Igreja Católica, numa parte", e "noutra parte pelas autarquias, Lisboa e Loures, pelo menos essas", acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.

Interrogado sobre se a Igreja Católica Portuguesa já devia ter prestado esclarecimentos sobre esta matéria, o chefe de Estado remeteu essa responsabilidade para todos os envolvidos na organização da Jornada Mundial da Juventude: autarquias, Estado e Igreja Católica. Eu acho que os três, em tempo oportuno, darão certamente esclarecimentos", disse.

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Segundo o chefe de Estado, "o que os portugueses esperam é que nos pormenores corresponda àquilo que é o pensamento do Papa", que se caracteriza "por defender uma visão simples, pobre, não triunfalista".

Há que "respeitar o período em que nos encontramos e respeitar a própria maneira de ser do Papa, quer dizer, é um Papa que é contrário àquilo que seja espaventoso", reforçou, manifestando a convicção de que "há de ser encontrada uma solução que seja simples, à medida daquilo que é o pensamento do Papa".

Em resposta a uma notícia avançada pela SIC Notícias, em que o Patriarcado de Lisboa afirmava que Marcelo Rebelo de Sousa estava a par dos custos envolvidos no projeto, o Presidente negou a informação e revelou que foi informado "informalmente" do valor da obra pelos jornalistas.

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