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Putin supreendido com manifestações antirrussas na Geórgia

Na semana passada, manifestantes georgiano​​​​​​​s ergueram cartazes onde se lia "Putin não é bem-vindo" e "A Rússia é um estado terrorista"

 O Presidente russo, Vladimir Putin, manifestou-se  "totalmente surpreendido" com as manifestações na Geórgia contra o Kremlin, após a Rússia ter restaurado as suas  aéreas com este país.

Centenas de georgianos manifestaram-se na semana passada no exterior do aeroporto da capital, Tiblissi, quando um avião russo aterrou na ex-república soviética pela primeira vez desde 2019, num contexto da ofensiva lançada na Ucrânia pela Rússia, que o Ocidente busca em retaliação isolar.

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"Sinceramente, fiquei totalmente surpreendido com essa reação", disse o Presidente russo durante um encontro com empresários.

"Achei que todos diriam: 'Bem, obrigado, isso é bom'. Mas não, houve um alvoroço completamente incompreensível sobre esse assunto", continuou Vladimir Putin falando diante das câmaras.

"Quando olho para [as manifestações], penso: 'eles enlouqueceram, não está claro o que está acontecendo lá'", insistiu.

A Rússia travou uma guerra breve, mas sangrenta, em 2008, contra a Geórgia, e o sentimento antirrusso é profundo naquele país.

Em resposta aos protestos contra Moscovo em a Geórgia, a Rússia proibiu em 2019 as ligações aéreas com a Geórgia.

Mas, inesperadamente, Putin suspendeu a proibição neste mês, dando sinal 'verde' para um regime de isenção de vistos de 90 dias para cidadãos georgianos que viajam para a Rússia.

O chefe de Estado russo disse que entendia que os líderes georgianos tinham pedido "repetidamente" à Rússia que suspendesse a proibição desses voos, além de uma nova política de vistos.

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Ao mesmo tempo, garantiu que Moscovo não interferiria nos assuntos internos da Geórgia.

"O que acontece dentro do país não é da nossa conta", disse Putin, acrescentando que o povo georgiano deve escolher o seu próprio caminho.

As autoridades georgianas são acusadas de cooperar secretamente com o Kremlin após anos de tensão, e o governo insiste que deve manter laços económicos com Moscovo, apesar de serem cada vez mais frequentes os protestos contra o Governo georgiano.

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