O maior ciberburlão de Espanha foi este sábado detido pelo Corpo Nacional de Polícia numa discoteca no centro de Madrid, avançou o jornal ABC.
Jordi Arias Fernández, alcunhado de “Lupin”, em homenagem ao ladrão Arsène Lupin dos livros de Maurice Leblanc, tem 25 anos, e foi denunciado por um jovem que frequentava a discoteca Shoko àquela hora e o reconheceu de um programa de televisão emitido recentemente. Fernández tinha oito mandados de detenção pendentes, pelo que foi imediatamente detido.
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Esta não é, contudo, a primeira vez que as autoridades o detêm, tendo-o feito também em 2019 após uma investigação de dois anos. Segundo a Cadena SER, não tinha Documento Nacional de Identidade (o equivalente ao Cartão do Cidadão) válido, recorrendo a identidades falsas, e vivia constantemente a mudar de hotéis.
O ‘modus operandi’ de “Lupin” era bastante eficaz: a sua equipa criava sites falsos, mas totalmente iguais aos de várias lojas online legais, principalmente centradas na venda de bens eletrónicos. Explica o ABC que uma característica comum destas páginas era a sua curta duração no tempo, podendo estar ativas somente durante um fim de semana.
O mesmo jornal informa, também, que os burlões contactavam as vítimas para que estas instalassem uma aplicação que permitisse seguir o envio da encomenda. No entanto, a App servia apenas para redirecionar todas as mensagens do telemóvel do cliente para os burlões, que ganhavam assim acesso aos códigos enviados pelos bancos para se procederem aos pagamentos online.
O esquema renderia a Fernández cerca de 300 mil euros mensais, e terá feito perto de 2.400 vítimas no total.
“Lupin” tinha como objetivo seguinte arrecadar um milhão de euros na próxima Black Friday, de modo a juntar dinheiro suficiente para se poder “reformar”, um desfecho que já não será possível.
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