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Stonehenge pulverizado com tinta por ativistas ambientais

Grupo conhecido pelas suas polémicas ações espetaculares enfatizou o uso de tinta em pó à base de amido de milho

Ativistas da organização ambientalista Just Stop Oil pulverizaram com tinta os monólitos do famoso sítio pré-histórico inglês de Stonehenge, que se prepara para receber milhares de visitantes no solstício de verão.

Um vídeo que está a circular nas redes sociais mostra dois homens a correrem em direção às enormes pedras que formam um círculo neste local no sudoeste da Inglaterra. Os ativistas utilizaram bombas para projetar uma nuvem de pó laranja na direção dos monólitos.

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A organização Just Stop Oil, que apela ao fim da exploração de combustíveis fósseis até 2030, assumiu a responsabilidade pela ação, fortemente condenada pelos líderes políticos de todos os quadrantes, em vésperas das eleições legislativas de 04 de julho.

O grupo conhecido pelas suas polémicas ações espetaculares enfatizou o uso de tinta em pó à base de amido de milho.

A tinta “sairá em breve com a chuva, mas não com a necessidade urgente de uma ação governamental eficaz para mitigar as consequências catastróficas da crise climática e ecológica”, explicou o organismo na rede social X.

Em comunicado, a polícia de Wiltshire adiantou que foi alertada pelas 12:00 (mesma hora em Lisboa) e que deteve duas pessoas “suspeitas de danificar o monumento”.

Construído por fases entre aproximadamente 3.000 e 2.300 a.C., Stonehenge é um dos monumentos megalíticos pré-históricos mais importantes do mundo devido ao seu tamanho, planta sofisticada e precisão arquitetónica.

O famoso conjunto está alinhado com o eixo do Sol durante os solstícios de verão e inverno.

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As suas pedras erguidas em círculos misteriosos atraem milhares de pessoas todos os anos, no dia 21 de junho, ao nascer do sol, para as festas pagãs do solstício.

O local continua aberto ao público, de acordo com a associação English Heritage, responsável pela sua gestão, que acrescentou que está a “investigar para determinar a extensão dos danos”.

O arqueólogo Mike Pitts, autor de um livro sobre Stonehenge, referiu à estação BBC que a superfície das pedras é sensível e “coberta por inscrições pré-históricas não totalmente estudadas”, bem como por organismos vegetais frágeis, como o líquen.

O primeiro-ministro Rishi Sunak denunciou “um vergonhoso ato de vandalismo contra um dos monumentos mais antigos e importantes do Reino Unido e do mundo”.

O governo conservador cessante opõe-se às ações contundentes da Just Stop Oil, que, nos últimos tempos, também vandalizou obras de arte, interrompeu competições desportivas ou interrompeu espetáculos.

Nos últimos anos, o governo tornou mais rigorosa a lei que rege o direito de manifestação, numa tentativa de impedir estas ações, sem muito sucesso.

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O líder trabalhista Keir Starmer, favorito para se tornar primeiro-ministro após as eleições gerais de 04 de julho, descreveu a Just Stop Oil como patética, exigindo a ação da justiça.

A Just Stop Oil congratulou-se com o facto de os trabalhistas se terem comprometido, ao contrário dos conservadores, a não conceder mais novas licenças de exploração de petróleo e gás no Reino Unido, que tem reservas particularmente no mar do Norte.

“No entanto, todos sabemos que isto não é suficiente”, afirmou a organização, apelando “ao próximo governo para assinar um tratado juridicamente vinculativo que visa a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis até 2030”.

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