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Morreu José Manuel Espírito Santo, o único da família que pediu desculpa

José Manuel Espírito Santo morreu este sábado aos 77 anos vítima de doença prolongada

“Gostava que as minhas primeiras palavras fossem dirigidas aos clientes, investidores e colaboradores que confiaram na marca Espírito Santo. Embora isso não remedeie as suas perdas e o seu sofrimento, quero dizer que lamento profundamente tudo o que sucedeu“. No dia 16 de dezembro de 2014, José Manuel Espírito Santo foi ao Parlamento, para uma audição na Comissão Parlamentar de Inquérito à falência do BES, e começou… pelo princípio. “Lamento profundamente o que sucedeu. Uma coisa são as responsabilidades individuais, e isso será apurado pelas entidades competentes e eu assumo as minhas. Mas outra coisa é a responsabilidade institucional“. O antigo administrador do BES e líder do Banque Privée Espírito Santo na Suíça morreu este sábado aos 77 anos, vítima de doença prolongada, confirmou o ECO junto de fonte próxima da família.

José Manuel Pinheiro do Espírito Santo Silva nasceu a 2 de maio de 1945, estudou na escola primária, no Colégio Manuel Bernardes e chegou a estar preso em Caxias por causa do 25 de abril. Quadro e administrador do Grupo Espírito Santo, desenvolveu a maior parte do seu percurso profissional em Lausanne, Londres e Lisboa, sempre na área bancária, nomeadamente private banking. José Manuel Espírito Santos Foi um dos promotores da refundação do Grupo Espírito Santo a partir de 1975 e liderou um dos cinco ramos acionistas.

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Em 2019, José Manuel Espírito Santo sofreu um AVC que o incapacitou de forma grave e irreversível. Nos últimos oito anos, bateu-se nos tribunais e junto dos reguladores, nos diversos processos que estão em curso sobre a falência do grupo, mas a saúde e o tempo acabaram por lhe negar a possibilidade de manter a estratégia que tinha definido, a de reabilitar o seu nome e da própria família. O seu advogado, Rui Patrício, defende, nomeadamente no Tribunal da Concorrência, que José Manuel Espírito Santo foi um “ator secundário” na falência do BES, “apanhado’ pelos processos, e deveria ser absolvido das condenações do Banco de Portugal e CMVM, e chegou a invocar, mais tarde, a sua condição de saúde já muito débil.

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