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Israel quer manter controlo sobre Gaza mesmo após eliminação do Hamas (e sem civis israelitas no território palestiniano)

Plano revelado pelo ministro da Defesa israelita contraria os apelos dos EUA para a criação de uma Autoridade Palestiniana revitalizada capaz de assumir o controlo da Faixa de Gaza e para o início de uma nova ronda de negociações com o objetivo de chegar a acordo para a criação de um Estado palestiniano ao lado de Israel

Israel vai controlar a Faixa de Gaza mesmo depois da eliminação do Hamas, anunciou o ministro da Defesa israelita, adiantando que caberá a Telavive a administração diária da região, enquanto EUA, União Europeia e parceiros regionais serão responsáveis pela reconstrução do enclave palestiniano.

Yoav Gallant revelou o plano numa comunicação ao país, embora o mesmo ainda não tenha sido formalizado, nem submetido aos restantes ministros do governo de Benjamin Netanyahu.

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O plano está dividido em duas fases, sendo que a primeira estabelece que a ofensiva israelita se mantém até à libertação dos reféns capturados pelo Hamas no dia 7 de outubro do ano passado e ao desmantelamento das "capacidades militares e governativas" daquele grupo de combatentes. Uma vez alcançado esse objetivo, inicia-se uma nova fase na qual o Hamas deixa de controlar Gaza e a governação do enclave palestiniano passa a ser assumida por organismos palestinianos (que Yoav Gallant não especificou, mas que, segundo o The Guardian, serão "funcionários públicos locais ou líderes comunitários").

A intenção revelada por Gallant contraria os apelos dos EUA para a criação de uma Autoridade Palestiniana revitalizada capaz de assumir o controlo da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas desde 2005, e para o início de uma nova ronda de negociações com o objetivo de chegar a acordo para a criação de um Estado palestiniano ao lado de Israel.

O ministro da Defesa israelita materializa agora a intenção de Benjamin Netanyahu - que rejeitou os apelos dos EUA - de manter o controlo sobre o enclave palestiniano, ressalvando, contudo, que isso não significa que a Faixa de Gaza vai passar a ser controlada por "civis israelitas".

“Os residentes de Gaza são palestinianos, portanto os órgãos palestinianos estarão no comando, com a condição de que não haja ações hostis ou ameaças contra o Estado de Israel”, refere-se no plano de Yoav Gallant, citado pelo The Guardian.

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