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IPMA alerta para novo agravamento da chuva em Portugal Continental esta manhã. "Uma situação extrema num inverno muito rigoroso"

Presidente do Conselho Diretivo do IPMA fala num "enorme" nível de precipitação, prevendo-se um aumento do caudal dos rios, além das cheias urbanas

O IPMA prevê um novo agravamento do estado do tempo para esta terça-feira em todo o território de Portugal Continental, com período de chuva mais intensa cerca das 13:00.

À CNN Portugal, Jorge Miranda, presidente do Conselho Diretivo do IPMA, fala num "enorme" nível de precipitação e explica que este quadro de chuvas fortes "é diferente do dia 7", com picos de precipitação superiores a 40mm por hora, que se agravará dentro de duas horas. "Estamos a falar de uma situação extrema num inverno muito rigoroso", afirma.

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Além das inundações urbanas, o IPMA prevê ainda o aumento do caudal dos rios. "Temos cheias do tipo urbano e que ainda vão causar muitos prejuízos, mas também cheias devido ao sistema fluvial transbordar".

"Não ha sistemas capazes de escoar a água rapidamente", frisa.

Nesse sentido, Jorge Miranda faz um aviso à população para que não circule na hora de ponta: "Todo o cuidado é pouco. É ideal não criar mais problemas dos que já existem. Estamos num período longo e complicado".

Horas mais tarde, o IPMA fez uma nova atualização, prevendo que o estado do tempo deverá agravar-se a partir das 13:00/14:00 e até às 18:00 esta terça-feira, tendo já sido emitido aviso laranja para todos os distritos do continente, exceto Bragança.

“Vai agora haver um agravamento, mas não sabemos bem qual é a dimensão desse agravamento”, referiu Jorge Miranda, desta vez à Lusa, cerca das 12:00.

“Os modelos são incoerentes e por isso metemos tudo a laranja, menos Bragança, por duas razões: primeiro, porque é difícil dizer onde se vai concentrar a precipitação. […] Por outro lado, temos de chamar a atenção de que existem impactos negativos fora da cidade de Lisboa e também temos de olhar para eles”, explicou.

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De acordo com o presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em termos de intensidade de chuva, o dia de hoje não foi mais gravoso do que na passada quarta-feira.

“Foi diferente [esta madrugada], foi mais longo, foi. Foi mais persistente, mas menos intenso. Alguns efeitos até foram inferiores porque as autoridades locais estavam muito mais preparadas. Os túneis foram fechados e as rotundas ocupadas com a Polícia Municipal. Foi bem feito, mas a chuva foi persistente durante várias horas. Claro que criou alagamentos e muito mais situações”, disse.

Por isso, acrescentou, existiu “o aviso vermelho durante a noite exatamente para chamar a atenção de que se iam ultrapassar as seis horas seguidas com precipitação intensa”.

Miguel Miranda referiu que na quarta-feira deverá registar-se um desagravamento da situação.

“Poderá haver um desagravamento, mas basta olhar para o Atlântico Norte para ver outra depressão a progredir em nossa direção, o sistema de sucessões de depressões que atingem o continente português não está parado. Estamos a ver no Atlântico Norte a formar-se outra situação semelhante cujo impacto estamos ainda por determinar”, salientou.

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O presidente do IPMA disse ainda que irão fazer “sair a informação logo que a tenham”.

A chuva intensa que caiu hoje de madrugada e de manhã na região de Lisboa, Setúbal e Alentejo causou inundações e lençóis de água, que obrigaram ao corte de dezenas de vias e de algumas linhas ferroviárias.

A Proteção Civil nacional apelou hoje de manhã aos cidadãos para restringirem ao máximo as deslocações por causa do mau tempo, que provocou durante a noite centenas ocorrências nos distritos de Lisboa e Setúbal e deverá manter-se até quarta-feira.

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