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Hospital S. João não cumpre mínimos legais nas escalas de obstetrícia

REVISTA DE IMPRENSA. Recurso a médicos internos em causa. Ordem dos Médicos já questionou a direção clínica

O Hospital S. João, no Porto, não está a cumprir os mínimos legais nas escalas da Urgência de Ginecologia/Obstetrícia. Em causa, denuncia o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) ao Jornal de Notícias, está o recurso abusivo a médicos internos.

Só este mês, de acordo com o sindicato, há 22 irregularidades no mapa das escalas. Os horários, noturnos e diurnos, estão a ser ocupados por internos que têm menos experiência que a exigida.

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De acordo com um documento a que o JN teve acesso, o próprio hospital reconhece o problema. “Uma vez que algumas das equipas têm internos do 4.º ano como terceiro elemento [quando só poderiam ser do 5.º ou 6.º] e de 1.º ano como quarto elemento [quando só poderiam ter do 2.º ao 6.º], haverá um especialista que poderá dar apoio, caso o chefe de equipa ache necessário”, pode ler-se.

Ao JN, o bastonário da Ordem dos Médicos Miguel Guimarães afirma que o problema é “grave” pois reduz a qualidade do serviço, e garante que já enviou “um ofício comum à diretora clínica e à diretora do serviço de Obstetrícia a pedir explicações sobre a escala”. “Em agosto, já tinha havido problemas, poucos, mas agora há demasiados problemas”, refere.

O jornal explica que, por ter 1500 a 2500 partos anuais, o S. João é um hospital de apoio perinatal diferenciado, precisando sempre de um mínimo de quatro especialistas em presença física na escala de urgência, de acordo com as regras definidas pela Ordem dos Médicos.

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