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Ucrânia: ONU diz que mais de 25 mil casas ficaram danificadas pela destruição da barragem

Nas áreas da região de Khersonska sob controlo ucraniano, 320 pessoas foram retiradas das suas casas nas últimas 24 horas, aumentando o número total de pessoas que fugiram para mais de 2.500, segundo a Organização Internacional para Migração

O nível da água começou a diminuir na região afetada pela destruição da barragem de Kakhovka, no sul da Ucrânia, mas mais de 25 mil casas estão danificadas e continua a aumentar o número de deslocados, foi hoje divulgado.

De acordo com um relatório do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), quatro dias após o incidente “as inundações começaram a diminuir, embora o desastre ainda esteja a causar deslocamentos e a aumentar as necessidades humanitárias”.

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Nas áreas da região de Khersonska sob controlo ucraniano, 320 pessoas foram retiradas das suas casas nas últimas 24 horas, aumentando o número total de pessoas que fugiram para mais de 2.500, segundo a Organização Internacional para Migração (OIM), citada pela OCHA.

Ainda na região controlada por Kiev, quase 40 vilas e cidades foram “severamente afetadas pelas inundações, com mais de 3.620 casas registadas como danificadas até o momento”.

Já as autoridades apoiadas por Moscovo naquela região divulgaram hoje que o número de casas inundadas aumentou para mais de 22.000, com “graves consequências humanitárias para milhares de pessoas”.

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Segundo informações divulgadas também hoje pelas autoridades ucranianas e russas, as inundações terão provocado já 13 mortos.

A coordenadora humanitária da OCHA para a Ucrânia, Denise Brown, liderou hoje um comboio humanitário interagências com suprimentos adicionais para a cidade de Bilozerka, numa das zonas controlada pela Ucrânia “mais afetada pelas inundações”.

“Os trabalhadores humanitários continuam os seus esforços para aumentar a assistência humanitária, alcançando mais de 30.000 pessoas com ajuda crítica, principalmente alimentos e água”, salientou a OCHA no seu relatório.

A destruição da barragem da Central Hidroelétrica de Kakhovka, na região de Kherson, no sul da Ucrânia, já é considerada um dos maiores desastres industriais e ecológicos da Europa nas últimas décadas.

A Ucrânia e a Rússia acusam-se mutuamente da destruição da barragem, construída no rio Dniepre na década de 1950.

Desde o início da guerra, a ONU apresentou como confirmados 8.983 civis mortos, dos quais 879 vítimas de minas terrestres e outros engenhos por explodir, incluindo 94 crianças, e 15.442 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou também, até agora, a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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