Vladimir Putin afirmou esta terça-feira que a existência da Ucrânia enquanto Estado está em causa devido ao conflito com a Rússia e que será “impossível” retirar a Moscovo o território conquistado desde fevereiro de 2022.
Em declarações reproduzidas pela agência estatal RIA Novosti, durante uma reunião com líderes regionais do país, Putin lembrou a falhada contraofensiva ucraniana e criticou a recusa da Ucrânia em sentar-se à mesa das negociações, garantindo que se tal acontecesse "o problema estaria resolvido há muito tempo".
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Putin abordou as negociações levadas a cabo entre os dois países no início da guerra, apelidando os negociadores ucranianos de “idiotas” por recusarem o que alegadamente já estaria acordado.
“Tínhamos chegado a acordo sobre tudo (…) Um dia depois, deitaram todos os acordos para o lixo”, afirmou Putin, que citou declarações alegadamente proferidas por um membro da equipa de negociações ucraniana. “Agora disseram publicamente, incluindo o líder desse mesmo grupo de negociação, (…) que o primeiro-ministro britânico Boris Johnson chegou e convenceu-os a não implementar esses acordos. Bem, idiotas, não?”, questionou o líder russo, que aproveitou este ponto para reforçar a ideia de que os ucranianos “não são independentes”.
O presidente russo reservou ainda algumas palavras para a fórmula de paz elaborada por Volodymyr Zelensky, referindo que contém exigências "que impedem as negociações".
“A chamada ‘fórmula de paz’ de que se fala no Ocidente e na Ucrânia é a continuação da aplicação do decreto do presidente ucraniano que proíbe as negociações com a Rússia. É disso que se trata. Estes são requisitos proibitivos para o processo de negociação".
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Pelo meio, Vladimir Putin teceu ainda comentários sobre as eleições presidenciais dos Estados Unidos de 2020, considerando que foram manipuladas pelos votos por correspondência.
"Provavelmente é possível manipular tudo. Da mesma forma que as eleições anteriores foram manipuladas nos Estados Unidos através do voto por correspondência. (…) Compraram boletins de voto por 10 dólares, preencheram-nos e atiraram-nos para as caixas sem qualquer supervisão de observadores, e pronto”, disse, sem mostrar qualquer prova.
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