Cinco funcionários da embaixada portuguesa em Moscovo receberam esta quinta-feira ordem de expulsão da Rússia, à semelhança do que tem acontecido com outros países europeus esta semana. Uma medida que o Governo português já repudiou, num comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).
A expulsão, que terá de acontecer no prazo de 14 dias, foi anunciada esta manhã à embaixadora de Portugal em Moscovo, Madalena Fischer, informou o MNE português, nesta declaração enviada à comunicação social.
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“O Governo português repudia a decisão das autoridades russas, que não tem qualquer justificação que não seja a simples retaliação".
A mesma nota indica que, ao contrário dos russos expulsos de Portugal no início de abril - dez funcionários da embaixada que foram considerados "persona non grata" - "estes funcionários nacionais levavam a cabo atividades estritamente diplomáticas, em absoluta conformidade com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas", garante o Governo português.
Portugal não expulsou diplomatas de carreiraQuando expulsou funcionários da embaixada russa, Portugal não expulsou nenhum diplomata de carreira, dando-lhes duas semanas para que abandonassem o país.
"São funcionários com acreditação diplomática junto da missão russa em Lisboa, são funcionários que estavam a trabalhar de uma forma que punha em causa interesses de segurança nacional e, portanto, naturalmente que tomámos a decisão adequada, que é dizer que tinham de sair do país”, declarou na altura João Cravinho, o ministro dos Negócios Estrangeiros, comentando a expulsão dos russos por Portugal. "Estavam identificadas e decidimos que este era o momento certo para dizer que deveriam sair do país", acrescentou.
Ontem, quarta-feira, a Rússia anunciou a expulsão de 27 diplomatas espanhóis, 24 italianos e 34 diplomatas franceses, também como retaliação pela expulsão de diplomatas russos por estes países. No dia anterior, Moscovo já tinha decidido a expulsão de dois diplomatas finlandeses e aplicou medidas semelhantes a países como Roménia, Dinamarca, Suécia, Japão ou Noruega.
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