Foram precisos dez dias para perceber se havia sobreviventes do bombardeamento ao teatro da cidade de Mariupol, que está cercada, e mais de uma semana depois sabe-se também que várias grávidas foram transferidas para aquele espaço por questões de segurança, que acabaram por não se confirmar.
O ataque ocorreu no dia 16, numa altura em que o edifício abrigava mais de mil civis, entre eles crianças. Morreram cerca de 300, de acordo com informação avançada na sexta-feira pela autarquia local.
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A palavra "crianças", escrita em russo, estava marcada no chão em dois locais distintos, e com uma dimensão considerável, para que fosse possível ler aquela indicação até do ar.
Sabe-se agora que dentro do teatro estavam grávidas que tinham sido resgatadas da maternidade bombardeada em Mariupol, de acordo com informação avançada pela Sky News. A transferência teve como objetivo a segurança dos bebés e das futuras mães, mas sete dias depois de serem transferidas aquele abrigo também foi atingido.
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"Foram transportadas para o teatro porque era um espaço grande. Colocaram as grávidas nos camarins dos atores. Elas estavam no teatro no momento em que foi atingido, é o que sabemos", relatou ao jornal Diana Berg, que vive junto ao teatro.
Recorde-se que a maternidade de Mariupol, que também tinha uma ala de pediatria, foi atingida a 9 de março.
Sem água, comida ou eletricidade há várias semanas, as Nações Unidas dizem ter provas da existência de várias valas comuns em Mariupol, e que só numa delas estarão 200 mortos. Quem conseguiu deixar Mariupol revela relatos impressionantes daquilo que viu e viveu.
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