O presidente da Rússia disse, esta sexta-feira, numa conversa telefónica com o presidente do Conselho Europeu, que a Ucrânia "não está pronta para procurar soluções mutuamente aceitáveis" e que está a manter uma postura "inconstante" no processo de negociações.
"Kiev não se está a demonstrar pronta para procurar soluções mutuamente aceitáveis", diz a agência russa TASS, que cita o Kremlin.
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Nesta mesma conversa com Charles Michel, Vladimir Putin não descartou um possível encontro com Volodymyr Zelensky, mas disse que tudo depende "de resultados concretos nas negociações entre Kiev e Moscovo".
Numa publicação no Twitter, o presidente do Conselho Europeu afirmou que "insistiu fortemente" com Putin para que fosse criado um "acesso humanitário" e uma "passagem segura" na cidade de Mariupol. Assim como reiterou a posição da União Europeia, mantendo o apoio à Ucrânia e as sanções à Rússia.
Firmly reiterated the EU’s position: support for #Ukraine and her sovereignty, condemnation and sanctions for Russia’s aggression. Our unity, principles and values are inviolable. pic.twitter.com/GxzylOpuwN
— Charles Michel (@CharlesMichel) April 22, 2022
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU – a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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