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Hospital de São João disponibiliza 138 camas para suprir necessidades da Ucrânia. "Os próximos dias serão certamente mais exigentes"

Nelson Pereira, diretor da Unidade Autónoma de Gestão de Urgência e Medicina Intensiva do Centro Hospitalar de São João considera que "os próximos dias e as próximas semanas serão certamente mais exigentes deste ponto de vista", uma vez que surgirão mais feridos da guerra e será necessário organizar corredores humanitários nas fronteiras

Por isso, o médico intensivista defendeu, esta quinta-feira, que Portugal tem de estar disponível para dar a resposta às necessidades médicas que possam surgir do conflito na Ucrânia.

Em entrevista à CNN, Nelson Pereira avançou que o hospital de São João, a pedido do Ministério da Saúde, irá disponibilizar até 138 camas para dar resposta às necessidades que possam surgir na sequência da guerra na Ucrânia, apelando a uma resposta coordenada em Portugal nesse sentido, até porque se prevê que "os próximos dias serão certamente mais exigentes" nas necessidades médicas da Ucrânia.

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"Neste momento é importante que se estabeleça uma ponte sobre a situação que se vive no local e as necessidades que eventualmente possam surgir. Para já, ainda não há necessidade de saúde significativas que possam ser geridas à distância, mas à medida que o conflito perdure, certamente essas necessidades podem surgir", considerou.

De acordo com Nelson Pereira, quem está a fugir nesta altura da Ucrânia "são as pessoas mais jovens, aquelas que não têm incapacidades, que não estão feridas" e que têm sido bem acolhidas nos países fronteiriços. 

Mas as grandes necessidades manifestam-se na Ucrânia, uma vez que as entidades que podem intervir par ajudar nesta situação não têm acesso ao país. Por isso, o médico intensivista admite que "os próximos dias e as próximas semanas serão certamente mais exigentes deste ponto de vista", uma vez que surgirão mais feridos da guerra e será necessário organizar corredores humanitários nas fronteiras.

Por isso, é necessário que Portugal disponibilize "equipas avançadas no terreno para fazer a triagem e a identificação de pessoas que possam ser encaminhadas para Portugal para tratamento", acrescentou Nelson Pereira.

"Tem de haver coordenação centralizada relativamente às capacidades que o país pode colocar ao dispor do povo ucraniano. Temos de responder ao caos com organização", defendeu.

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