"Todos os rublos pagos em impostos transformam-se em mortes e lágrimas das crianças ucranianas", acusa o Ministério
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia recorreu às redes sociais para partilhar uma imagem que mostra as principais 50 empresas que ainda estão a operar na Rússia, acusando-as de serem cúmplices com a máquina de guerra de Vladimir Putin.
"Todos os rublos pagos em impostos transformam-se em mortes e lágrimas das crianças ucranianas", lê-se na publicação.
Quem fica?
De acordo com uma lista publicada pela Universidade de Yale, cerca de 300 companhias já suspenderam operações na Rússia, mas há quem permaneça. Quem são essas empresas?
- Abbott Labs: a Rússia é responsável por menos de 2% das vendas da Abbott. A empresa já condenou os ataques, mas não se manifestou sobre o escritório em Moscovo.
- AbbVie: farmacêutica com escritório em Moscovo. Ainda não se pronunciou.
- Accor: 55 hóteis na Rússia. Emitiu comunicado de solidariedade com a Ucrânia, mas não fala sobre as operações em território russo.
- AmerisourceBergen: a distribuidora farmacêutica emitiu comunicado onde afirma que continua a operar na Rússia.
- Arconic: segundo a Universidade de Yale, 9,4% da receita da empresa de alumínio vem da Rússia. Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Bridgestone Tire: mantém as fábricas na Rússia a funcionar e emitiu comunicado sobre os edifícios e empregados na Ucrânia.
- Bunge: último comunicado é anterior à invasão russa. 2.6% da receita vem da Rússia.
- Cargill: Empresa tem 1.500 funcionários na Rússia. Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Caterpillar: 8% das receitas vêm da Rússia. Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Citi: Banco continua a operar na Rússia e tem emitido vários alertas aos clientes.
- Citrix: Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Coty: marca de cosméticos com 3% da receita vinda da Rússia. Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Cummins: tem cerca de 700 empregados
- Deere: empresa de tratores e máquinas agrícolas ainda não emitiu nenhum comunicado.
- Dow: Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Fast Retailing/Uniqlo: Uniqlo vai manter abertas as 50 lojas que tem na Rússia, anunciou Tadashi Yanai, CEO da Fast Retailing Co., a companhia mãe da Uniqlo.
- Ferragamo: 1% da receita vem Rússia.
- Greif: Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Grupo Bimbo: Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Herbalife: 3% da receita vem Rússia. Empresa não se pronuncia online desde 23 de fevereiro.
- Hilton: 29 hotéis na Rússia. Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Hyatt: tem seis hotéis na Rússia e emitiu comunicado sobre a situação na Ucrânia, mas não fala sobre as operações em território russo.
- Intercontinental Hotels: O hotel Intercontinental Moscow Tverskaya continua a receber hóspedes e oferece serviços 24 horas por dia, segundo o aviso publicado no site do hotel.
- Kimberly-Clark: Opera em 8 cidades e 3% das receitas vêm da Rússia. Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Logitech. Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Marriott: dez hotéis na Rússia. Numa curta nota nas redes sociais, a cadeia de hotéis informa: "Temos o prazer de informar que estamos a trabalhar normalmente".
- Mars: investiu mais de 2 mil milhões de dólares na Rússia. Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Mohawk Industries: 4,3% das receitas vem da Rússia. Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Mondelez: 3,5% das receitas vem da Rússia. Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Nestle: 2,3% das receitas são da Rússia. Emitiram um comunicado a expressar a sua solidariedade com a Ucrânia, mas as atividades na Rússia mantêm-se.
- Otis Worldwide: empresa com parcerias na Rússia. Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Papa John’s: 185 restaurantes na Rússia. Questionados pela Forbes sobre a permanência em território russo, não responderam.
- Pirelli: 10% dos pneus são fabricados na Rússia. A empresa doou 500 mil euros para os refugiados ucranianos. Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Timken: empreendimento em conjunto com a United Wagon, uma das maiores fabricantes mundiais de vagões de carga. Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Whirlpool: Ainda não foi emitido nenhum comunicado.