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Alemanha vai gastar 65 mil milhões de euros para ajudar famílias e empresas a enfrentarem a inflação

Plano do governo alemão apresentado, apresentado este domingo, é o terceiro pacote com benefícios e descontos nos impostos para empresas e cidadãos

O governo alemão prepara-se para gastar 65 mil milhões de euros num terceiro pacote de ajudas para famílias e empresas fazerem frente à inflação, indica um documento do Executivo consultado pela agência Reuters. 

As medidas, que incluem propostas para uma extensão dos descontos em transportes públicos e 1,7 mil milhões de euros em redução de impostos para 9.000 empresas que fazem uso intensivo de energia, foram acordadas pelos três partidos que fazem parte da coligação liderada por Olaf Scholz este domingo. 

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"Este é o maior pacote de ajudas até agora", disse Scholz em conferência de imprensa, acrescentando que o governo planeia ligar determinados benefícios à taxa de inflação atual ou esperada no futuro. "Vamos ultrapassar este inverno", garantiu o chanceler.

Scholz anunciou também que o seu governo pretende usar os lucros excecionais (‘windfall profits’) das empresas de energia para reduzir a fatura energética dos consumidores. 

“Os produtores estão simplesmente a tirar partido dos preços muito elevados do gás que determinam o preço da eletricidade”, observou.

Olaf Scholz falava na conferência de imprensa em que apresentou um novo (o terceiro) pacote de ajuda às famílias e empresas perante o aumento do custo de vida e da energia, aumentando para 65 mil milhões de euros o valor global das medidas de apoio na Alemanha.

No documento em que avança com um novo plano de ajuda maciça contra a inflação, o governo alemão indica que defenderá uma medida de “dedução parcial dos lucros inesperados” dessas empresas a ser implementado no âmbito da União Europeia, mas afirma-se pronto para agir a nível nacional.

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“Os produtores estão simplesmente a tirar partido dos preços muito elevados do gás que determinam o preço da eletricidade”, observou o chanceler alemão na conferência de imprensa, numa referência ao que é habitualmente designado por 'windfall profits'.

Os dois primeiros pacotes, que totalizam 30 mil milhões de euros, incluíam, entre outros benefícios para os cidadãos, um subsídio de transporte público com bilhetes a nove euros por mês que permitem viajar por toda a Alemanha e um desconto em combustível, limitado a três meses, que terminou em agosto.

Entre as medidas aplicadas contam-se ainda a eliminação da sobretaxa no preço da eletricidade destinada a financiar as energias renováveis e uma bonificação única de 100 euros por criança e energética até 300 euros.

Neste terceiro pacote, os líderes partidários discutiram ajudas específicas direcionadas para as pessoas de menores rendimentos, especialmente aposentados e estudantes, redução de impostos e um eventual sucessor do bilhete de nove euros para os transportes locais.

Após algumas semanas de discussão, as negociações começaram este sábado tendo nelas participado, além do chanceler Olaf Scholz e do ministro as Finanças, o vice-chanceler e ministro da Economia, o verde Robert Habeck, bem como outros ministros e os líderes os três partidos.

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