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Governo “carrega” 700 mil euros de descontos para carros elétricos

Ministério do Ambiente admite aumentar orçamento para congelar subida das tarifas de carregamento em postos públicos e mantê-las em níveis de 2021

O Governo vai investir 700 mil euros em 2023 para ajudar nos carregamentos de carros elétricos e de veículos híbridos plug-in. Este é o orçamento do Fundo Ambiental para anular, junto dos condutores, o aumento das tarifas da Entidade Gestora da Rede de Mobilidade Elétrica, a Mobi.E. O envelope financeiro, no entanto, ainda poderá ser aumentado.

“Por uma questão de manutenção da decisão de congelamento das tarifas a valores de 2021 considerou-se neste momento o valor de 700 mil euros”, adianta ao ECO fonte oficial do Ministério do Ambiente e da Ação Climática. Desde 1 de janeiro, há um apoio de 19,02 cêntimos por carregamento na tarifa paga aos comercializadores de eletricidade para a mobilidade elétrica (CEME), que depois têm de repercutir esse efeito junto dos seus clientes. Sem a ajuda do Fundo Ambiental, haveria um “acréscimo de 57%” na tarifa paga pelos CEME à Mobi.E face a 2022. Ainda assim, o apoio por carregamento é menos significativo do que em 2022. Para 2023, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) definiu uma tarifa de 26,08 cêntimos por carregamento. Ou seja, o auxílio corresponde a 72,9% da tarifa. Para 2022, a ERSE definiu uma tarifa de 29,64 cêntimos, com o apoio de 26,14 cêntimos do Fundo Ambiental, ou seja, 88,2%.

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O orçamento para este apoio durante o ano de 2023 poderá ser reforçado “em função das disponibilidades do Fundo Ambiental”, acrescenta o gabinete liderado por Duarte Cordeiro. Ou seja, a ajuda do Governo poderá tornar-se mais forte do que inicialmente definido. A decisão será conhecida até ao final do mês de janeiro.

Face às previsões de 2022, estima-se que em 2023 o número de carregamentos em postos da rede pública aumente 57,2%, para 3.674.715. Ainda assim, uma previsão inferior à apresentada em 2021 para o ano de 2022, que era de 3.715.993 carregamentos. O número de tomadas (pontos) de carregamento de acesso ao público deverá aumentar 19,86%, crescendo de 6.429 para 7,706 unidades.

A Mobi.E adotou uma previsão conservadora tendo em conta a “falta de chips necessários para o fabrico de veículos automóveis, o prolongamento da guerra na Ucrânia e os prazos dilatados para satisfação das encomendas de veículos elétricos”, assim refere o relatório da ERSE divulgado em meados de dezembro.

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