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Como a seca em Portugal se agravou (muito) nos últimos 25 dias: há 17 anos que não existia tão pouca água no inverno

Não há previsão de chuva até pelo menos 15 de fevereiro

Desde 2005 que Portugal não tinha tantas regiões em seca  severa e extrema em pleno inverno. Os dados agora atualizados pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) confirmam que o problema piorou muito desde o final de dezembro e já deixa todo o Continente em situação de seca.

A 31 de dezembro os dados do IPMA revelavam que 57,7% do território continental do país estava em seca fraca. A percentagem caiu para 1% até 25 de janeiro, mas à custa do aumento de situações mais graves de seca.  

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O ano de 2021 tinha terminado com 27% do país em seca moderada, número que duplicou para 54% em menos de um mês. Na seca severa a subida foi ainda maior: de 9% para 34%.

Por outro lado, os dados oficiais do IPMA também revelam que surgiu uma nova classe de seca mais complicada: a seca extrema, que a 31 de dezembro não existia no mapa, atinge agora 11% do território.  

Vanda Cabrinha, climatologista do IPMA, adianta à TVI/CNN Portugal que desde 2005 que não se via tantas zonas do país em seca grave nesta altura do ano.

"A seca de 2005 foi a que teve maior percentagem de territórios nas classes de seca severa e extrema, mas a atual (em 2022) já está muito próxima da de 2005. Mesmo na seca de 2012, que teve uma situação complicada, não estivemos numa situação tão grave como agora", detalha a especialista que acompanha estes temas no IPMA.

Sem previsão de chuva até pelo menos 15 de fevereiro

No mapa de Portugal, a seca extrema atinge hoje grande parte do Algarve e do Alentejo, enquanto a seca severa já se estende de parte do Algarve e do Alentejo aos distritos de Setúbal, Lisboa, Santarém e Leiria, afetando igualmente boa parte de Castelo Branco.

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Para Norte, quase todo o resto do país está em seca moderada, restando apenas 1% do território, no Parque Nacional da Peneda-Gerês, classificado como estando numa situação de seca fraca.    

Para compensar tanta falta de água é preciso que chova muito nos próximos meses, mas as previsões que existem só chegam até meio de fevereiro e a probabilidade de chuva, até lá, segundo o IPMA, é muito escassa.

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