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Ativistas do Climáximo pintam e bloqueiam jato privado no aeródromo de Cascais

Ativistas afirmam ser necessário combater as causas mais injustas da crise climática pelas suas mãos, quando todas as negociações resultam em falhanço.

Apoiantes do Climáximo entraram, esta quarta-feira de manhã, no Aeródromo de Cascais, em Tires, e cobriram um jato com tinta, acorrentando-se ao mesmo. Em comunicado, o grupo afirma ser necessário combater as causas mais injustas da crise climática pelas suas mãos, quando todas as negociações resultam em falhanço.

A ação do Climáximo ainda como objetivo colocar em causa o funcionamento da infraestrutura.

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Noah Zino, um dos ativistas, relembra "uma viagem de jato privado entre Londres e Nova Iorque emite mais CO2 que uma família portuguesa num ano inteiro" e que "estar aqui corta mais emissões que qualquer escolha individual".

"Jatos privados são armas de destruição em massa, não têm lugar numa sociedade em chamas. Só a poluição da queima de combustíveis fósseis já mata, todos os anos, mais pessoas que os campos de concentração. As emissões que provocam recordes de calor, secas, fome e fogos, preços mais altos de comida, cheias, doenças, e catástrofes já condenam à morte milhões de pessoas também. Se há algum plano viável para a nossa segurança, este tem de começar já por cortar as emissões mais absurdas - estamos em emergência ou estão a gozar connosco?", afirma ainda.

O coletivo diz que fazem parte das soluções por si avançadas para travar a crise climática e construir a paz "cortar as emissões de luxo e voos supérfluos, como os de jato privado e os voos de curta distância, travar qualquer plano de aumento da aviação, seja um novo aeroporto em Lisboa ou a expansão em curso do Aeroporto de Cascais, e requalificar milhares de trabalhadores, desenvolvendo amplamente a rede ferroviária nacional e internacional". 

O Climáximo tem marcado para sábado uma manifestação de Resistência Climática para construir uma alternativa frente às negociações levadas a cabo na cimeira climática.

Quatro ativistas, dois homens e duas mulheres, foram detidos pela PSP.

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