Já fez LIKE no CNN Portugal?

Guterres condena “escalada sem precedentes” após nova incursão israelita em Gaza

Português lamenta que reforço dos ataques tenha acontecido após voto da ONU para um cessar-fogo humanitário

O secretário-geral das Nações Unidas António Guterres mostrou-se este sábado surpreendido pela escalada dos bombardeamentos israelitas em Gaza, repetindo o apelo para um cessar-fogo humanitário imediato para a entrega de ajuda.

“Fui encorajado nos últimos dias pelo que pareceu ser um consenso crescente da comunidade internacional para a necessidade de, pelo menos, uma pausa humanitária no conflito”, afirmou em comunicado.

PUB

“Lamentavelmente, em vez dessa pausa, fui surpreendido por uma escalada sem precedentes dos bombardeamentos e dos seus impactos devastadores, minando os referidos objetivos humanitários”, completou.

Esta foi a primeira reação do secretário-geral da ONU à noite de intensos bombardeamentos e da expansão das operaçoes do exército israelita na Faixa de Gaza na sexta-feira.

O grupo islamita palestiniano Hamas atacou Israel no dia 7 de outubro, provocando a morte de mais de 1.400 pessoas, sobretudo civis, além de 220 sequestradas. Israel respondeu com bombardeamentos e incursões terrestres na Faixa de Gaza, que é controlada pelo Hamas desde 2007.

As declarações de Guterres chegam depois de Israel ter escalado o conflito, na resposta ao ataque de 7 de outubro levado a cabo pelo grupo terrorista Hamas, que matou 1.400 israelitas.

As organizações humanitárias no terreno dizem que está em curso uma verdadeira catástrofe. Em Gaza, quase não existem comunicações desde sexta-feira.

PUB

“Dada a falha nas comunicações, também estou muito preocupado com o pessoal nas Nações Unidas que estão em Gaza para apoio humanitário”, afirmou Guterres.

Os apelos para um cessar-fogo têm ganhado força em todo o mundo, com protestos em várias cidades.

Guterres já havia sido alvo de fortes críticas por ter recordado que o ataque do Hamas a 7 de outubro devia ser entendido à luz de um passado.

O secretário-geral da ONU disse que "condenava inequivocamente os horríveis e sem precedentes atos de terror de 7 de outubro do Hamas em Israel".

“Nada pode justificar a morte deliberada, os ferimentos e o rapto de civis - ou o lançamento de rockets contra alvos civis", afirmou.

Contudo, a contextualização que fez do ataque criou alvoroço em Israel, ao dizer que "os ataques do Hamas não surgiram do nada".

"O povo palestiniano tem estado sujeito a 56 anos de ocupação sufocante. Viu as suas terras serem constantemente devoradas por colonatos e assoladas pela violência, a sua economia sufocada, o seu povo deslocado e as suas casas demolidas. As suas esperanças de uma solução política para a sua situação têm vindo a desaparecer", argumentou.

PUB