Desde 13 de novembro que os chineses da Fosun têm estado a reduzir a participação que detêm no BCP e com isso gerado lucros acima dos 326 milhões de euros, segundo cálculos do ECO.
Antes de anunciar na segunda-feira a alienação de 5,6% do capital do banco por meio de um processo de accelerated bookbuilding junto de investidores institucionais qualificados ao preço de 27,8 cêntimos por ação, a Fosun vendeu no mercado, entre 13 de novembro do ano passado e 9 de janeiro, cerca de 652 milhões de ações do BCP (4,31% do capital) a um preço médio de 30 cêntimos por título, segundo informação publicada na bolsa de Hong Kong, onde a Fosun está cotada.
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Com as duas operações, a Fosun alienou 9,91% do capital do banco liderado por Miguel Maya nos últimos dois meses, diluindo assim a sua participação no BCP de 29,95% para os atuais 20,03% e encaixou 430,8 milhões de euros: 195,6 milhões de euros com a venda de 4,31% do capital no mercado e 235,2 milhões de euros com a alienação de 5,6% do capital do BCP no decorrer do processo de accelerated bookbuilding.
Subtraindo uma comissão de 1,18 milhões de euros paga à UBS pela operação de accelerated bookbuilding (cerca de 0,5% do valor do negócio) e os cerca de 103 milhões de euros que custaram as ações agora alienadas (que foram adquiridas no âmbito do aumento de capital de novembro de 2016), chega-se a um lucro acima de 326 milhões de euros — mais os dividendos concedidos por estes títulos em 2019 e 2022.
Para a Fosun, o investimento no BCP gerou, para já e excluindo o impacto dos dividendos, uma rendibilidade média anual de 19,9% desde 18 de novembro de 2016, quando se tornou acionista do banco, mediante uma participação de 16,7% no decorrer de uma operação de aumento de capital.
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Segundo o comunicado publicado na bolsa de Hong Kong, a Fosun refere que “tenciona utilizar as receitas das transações para o fundo de maneio geral do grupo” e “demonstram igualmente os esforços contínuos do grupo para criar o máximo valor para os seus acionistas.”
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