As focas do Cáspio, os únicos mamíferos encontrados no Mar Cáspio, foram classificadas como estando ameaçadas na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) desde 2008.
As focas foram arrastadas para a costa da república russa do Daguestão, ao longo do Mar Cáspio, a maior massa de água “fechada” do mundo, que faz fronteira com cinco países: Azerbaijão, Irão, Cazaquistão, Rússia e Turquemenistão.
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O Ministério dos Recursos Naturais do Daguestão disse que os animais tinham morrido de “fatores naturais” e alertou que o número de focas mortas será provavelmente muito superior.
A julgar pela aparência, as focas morreram há cerca de duas semanas e não havia "sinais de morte violenta, nem restos de redes de pesca", segundo o Ministério.
De acordo com a agência RIA, os inspetores patrulhavam a linha costeira em busca de mais focas mortas. Entretanto, especialistas do Centro Ambiental do Cáspio estavam a analisar amostras das focas mortas para identificar a causa da morte.
As mortes em massa ocorrem após mais de 140 focas do Mar Cáspio terem sido encontradas mortas nas praias do Cazaquistão no início deste ano, segundo a KASPIKA, uma agência para a conservação das focas do Mar Cáspio.
De acordo com a IUCN, a população de focas do Mar Cáspio tem sido vítima de caça excessiva, da degradação do habitat e das alterações climáticas.
Na sequência deste incidente, o ministério do Daguestão afirmou que o número total de focas do Mar Cáspio na área permanece estável, “variando entre 270.000 e 300.000”.
Alimentando-se principalmente de peixe, as focas, que podem atingir um comprimento superior a 1,6 metros e pesar até 100 quilos, estão no topo da pirâmide alimentar e não têm inimigos naturais quando atingem a idade adulta, de acordo com a RIA.
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