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Governo mexicano anuncia detenções pelo desparecimento de 43 estudantes em 2014

Corpos nunca foram encontrados, apesar de existir uma correspondência de fragmentos de ossos de três dos estudantes

As autoridades mexicanas detiveram um general reformado e três outros membros do exército por alegada ligação ao desaparecimento de 43 estudantes no sul do México em 2014, anunciou quinta-feira o governo.

Entre os detidos encontra-se o ex-oficial que comandou a base militar na cidade de Iguala, no estado de Guerrero, em setembro de 2014, quando os estudantes foram raptados.

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No mês passado, uma comissão governamental voltou a investigar o caso e emitiu um relatório que apontava o ex-militar como responsável pelo desaparecimento de seis dos estudantes.

Numerosas investigações governamentais e independentes não conseguiram chegar a uma única narrativa conclusiva sobre o que aconteceu aos 43 estudantes, mas tudo parece indicar que a polícia local retirou-os de vários autocarros em Iguala naquela noite e os entregou a um grupo associado ao narcotráfico.

O motivo continua a não ser claro. Os corpos nunca foram encontrados, apesar de existir uma correspondência de fragmentos de ossos de três dos estudantes.

O papel do exército no desaparecimento dos estudantes foi durante muito tempo uma fonte de tensão entre as famílias e o governo. Desde o início, houve questões sobre o conhecimento dos militares sobre o que aconteceu e o seu possível envolvimento.

Pouco depois do relatório da Comissão da Verdade, a Procuradoria-Geral anunciou 83 mandados de detenção, 20 para membros do exército. Mais tarde, agentes federais detiveram Jesús Murillo Karam, o então Procurador-Geral da República.

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