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Dois agentes dos serviços secretos de Espanha detidos por partilharem informações confidenciais com os EUA

Ministra da Defesa espanhola confirmou que caso já está num tribunal de Madrid e que o juiz ordenou que fosse aberta uma investigação

Dois agentes do Centro Nacional de Informações (CNI) – serviços secretos de Espanha – foram detidos por fornecerem informações confidenciais e documentos secretos a agentes das secretas norte-americanas. As detenções ocorreram há dois meses, como explica o jornal El Mundo.

Os dois suspeitos foram detidos pela Polícia Nacional e, posteriormente, foi-lhes aplicada a medida de coação de prisão preventiva. Entretanto, um dos agentes foi libertado, por se ter constatado que teve um envolvimento menor no processo.

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De acordo com o El Confidencial - outro jornal espanhol - o caso chegou esta segunda-feira a um tribunal de Madrid, onde acabou por ser declarado como um “processo secreto”. À agência espanhola Europress, a ministra da Defesa, Margarita Robles, confirmou que um juiz madrileno ordenou a abertura de uma investigação ao caso.

Poucas ou nenhumas são as informações sobre este incidente já reveladas, mas o El Mundo foi capaz de apurar que foi o próprio CNI quem denunciou estes dois agentes. Posteriormente, a ministra Margarita Robles também confirmou que foi o próprio CNI a denunciar o caso, mas escusou-se a adiantar qualquer outro detalhe sobre o incidente.

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Numa base regular, as secretas espanholas realizam auditorias internas sobre o modo como as informações classificadas e documentos secretos estão a ser utilizados e numa destas fiscalizações descobriu-se que os dois suspeitos estavam a fornecer ilegalmente documentos a Washington.

Perante a irregularidade identificada, foi feita uma denúncia no Ministério Público espanhol, que adjudicou o caso a um tribunal de Madrid.

Até ao momento, não foi revelado como os dois agentes conseguiram efetivamente fazer chegar as informações às mãos dos agentes norte-americanos. Sabe-se, no entanto, que parte destes documentos foram vendidos por dinheiro, embora também existam outras motivações para esta fuga de informação que não foram ainda tornadas públicas.

O CNI entende que deve ser avaliado a extensão dos danos provocados por esta fuga de informações, lembrando que as auditorias internas são comuns e que por isso é possível que os suspeitos não tenham divulgado as informações há muito tempo.

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