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Portugueses estão menos satisfeitos no trabalho. Contexto de inflação leva a "maior sensibilidade"

Boost It, CA Seguros, Lopes Barata e Associados são algumas das empresas que lideram o “Índice da Excelência”, da Neves de Almeida HR Consulting, em parceria com o ISCTE Executive Education

O nível global de satisfação dos colaboradores caiu no ano passado pela primeira vez em sete anos, aponta a sétima edição do “Índice da Excelência”, da Neves de Almeida HR Consulting, em parceria com o ISCTE Executive Education, que analisou o clima organizacional e desenvolvimento de capital humano em 120 organizações. A quebra foi transversal aos setores de atividade e dimensão das empresas. Apenas as de média dimensão registaram um ligeiro aumento, aponta o estudo da consultora apresentado esta quinta-feira, em Lisboa. Boost It, CA Seguros, Lopes Barata e Associados são algumas das empresas que lideram o “Índice da Excelência”.

“Esta descida manifesta-se transversalmente em todos os domínios de análise – Dinâmica Organizacional, Práticas de Gestão, Clima e Gestão de Pessoas –, sendo mais expressiva na ordem dos -6 a -8 p.p. no Clima e Gestão de Pessoas, onde a penalização dada pelos colaboradores participantes nas temáticas relacionadas com a Compensação e Benefícios, assim como na Gestão de Talento (Avaliação de Desempenho, Carreiras e Desenvolvimento) foi ainda maior do que nos anos anteriores, dada a maior sensibilidade em contexto de elevada inflação”, aponta Gonçalo de Salis Amaral, partner da Neves de Almeida HR Consulting, citado em comunicado.

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Apesar de transversal aos setores de atividade, a queda do índice de satisfação foi mais expressiva nos setores de Saúde e Farmacêutico, após anos de pandemia especialmente exigentes.

Depois de um ano fortemente marcado pela inflação, com impacto nos rendimentos dos trabalhadores, para 2023 os colaboradores apontam como prioritárias para a intervenção dos gestores de pessoas o tema da Compensação e Benefícios, seguidas da Formação e da Gestão de Carreiras, em linha com o ano passado. Outra área que ganhou expressividade, com subida nos rankings, é a revisão dos modelos e processos de Avaliação de Desempenho, de modo a “promover maior transparência e clareza nos critérios associados“, aponta o estudo.

Modelos híbridos mais expressivos nas PME

O estudo aponta igualmente pistas sobre os parâmetros mais valorizados pelos colaboradores ao nível das políticas de retenção de talento.

“O Gosto pelo Trabalho Desenvolvido continua a ser a principal razão para que os colaboradores se mantenham nas suas organizações, sendo que se tem verificado uma movimentação nas seguintes posições desse ranking, muito associadas ao contexto. Assim, a Estabilidade do Emprego mantém-se no top 5 destes fatores, com tendência a descer se a situação de quase pleno emprego se mantiver”, aponta Gonçalo de Salis Amaral.

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O equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, a possibilidade de regime de trabalho flexível e a remuneração atrativa assumem maior relevância, competindo com fatores como a Relação com os Colegas e com a Chefia Direta, para a retenção de talento. Já entre os mais jovens, “as oportunidades de desenvolvimento e carreira, assumem maior relevância”, refere o partner da Neves de Almeida HR Consulting.

O modelo de trabalho híbrido continua a ser globalmente mais utilizado nas pequenas e médias organizações do que nas grandes – sendo mais expressiva em setores como a Banca, Seguros e Serviços Financeiros, ou Tecnológicas, Media e Telecomunicações e nas Consultoras e Serviços Profissionais do que na Saúde, Farmacêuticas ou na Indústria, na Construção, Infraestruturas, Transportes e Logística –, tendo o nível de satisfação aumentado face a 2021, atingindo uma média de 90% de satisfação.

Há, no entanto, “algumas preocupações face ao impacto desta modalidade na visibilidade interna e progressão de carreira“, aponta o estudo.

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“A capacitação das chefias para gerir equipas híbridas mantém-se positiva, assim como sentimento face ao impacto deste regime de trabalho na produtividade, qualidade de vida e na performance do negócio”, refere ainda.

Tecnologia e inovação para a gestão de pessoas

Com a manutenção do contexto de incerteza económica e as pressões ambientais, as organizações deverão capitalizar as novas tecnologias para melhorar a sua capacidade de adaptação e antevisão da mudança, reforçando a proximidade com os seus colaboradores e a comunidade envolvente.

“Continua a haver um caminho a seguir, nomeadamente, ao nível de uma melhor utilização do digital e da inovação, da colaboração inter e intra organizacional, como no desenvolvimento, capacitação e envolvimento e satisfação das pessoas”, acrescenta Gonçalo de Salis Amaral. “Temas como o redesenho e digitalização de modelos de negócio e de processos, formação e desenvolvimento nas novas competências técnicas e comportamentais, ou ajustes aos mecanismos de gestão de pessoas (ex. Desempenho, Retenção, Carreiras, Comunicação e Proximidade/Colaboração), deverão continuar a ser foco da atenção das lideranças, no sentido da sua revisão e adequação”, conclui.

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Os vencedores do “Índice da Excelência”

Os vencedores da sétima edição do “Índice da Excelência” foram igualmente conhecidos esta quinta-feira, estudo que premeia organizações, de acordo com a sua dimensão, bem como por setores de atividade. Ao todo foram analisadas 120 organizações.

Grandes Empresas (mais de 251 colaboradores)
  • Boost iT
  • Servdebt, Capital Asset Management
  • Zurich Insurance PLC
  • KCS iT
  • Agap2IT
  • OCP Portugal, SA
  • Esporão S.A.
  • Brisa Autoestradas de Portugal
  • Moneris
  • Vila Galé Hotéis
  • Médias Empresas (entre 51 e 250 colaboradores)
  • CA Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA
  • Samsys – Consultoria e Soluções Informáticas, Lda.
  • Doutor Finanças
  • Bresimar Automação S.A.
  • Aegon Santander
  • Infraspeak
  • Premium Minds
  • Quilaban – Química Laboratorial Analítica S.A.
  • Decode
  • Cachapuz
  • PUB

    Pequenas Empresas (entre 11 e 50 colaboradores)
  • Lopes Barata e Associados
  • AMCO INTERMEDIÁRIOS DE CRÉDITO
  • B-Training Consulting
  • Smart Technologies
  • ABA
  • InovaPrime – Serviços em Tecnologias de Informação, Lda.
  • Estoril Sol Digital
  • Untile
  • Sysnovare Innovative Solutions
  • Zühlke
  • Vencedores por Setor
    • BSSF – Banca, Seguros e Serviços Financeiros: AMCO INTERMEDIÁRIOS DE CRÉDITO
    • CSP – Consultoria e Serviços Profissionais: Lopes Barata e Associados
    • HT – Hotelaria, Turismo, Desporto e Ensino: B-Training, Consulting
    • CITL – Construção, Infraestruturas, Transportes e Logística: ONE SHIPPING
    • TMT – Tecnologia, Media e Telecomunicações: Smart Technologies
    • Indústria: Bresimar Automação, SA
    • SP – Setor Público: Lipor
    • SF – Saúde e Farmacêuticas: Quilaban – Química Laboratorial Analítica S.A.
    • RC – Retalho e Comércio – Esporão S.A.

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