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Donald Trump declara-se “não culpado” das acusações sobre eleições de 2020

Donald Trump sai em liberdade, mas está proibido de contactar com qualquer testemunha do processo. Nova audição fica agendada para 28 de agosto

O ex-presidente Donald Trump declarou-se esta quinta-feira “não culpado” num tribunal federal em Washington, onde esteve presente para responder sobre as acusações de tentativa de alteração de resultados da eleição de 2020. 

Os procuradores norte-americanos não pediram a prisão preventiva de Donald Trump. O antigo presidente irá sair em liberdade, mas estará impedido de comunicar com qualquer pessoa conhecida como testemunha do caso, a menos que através de um advogado. A próxima audição fica marcada para o dia 28 de agosto, perante a juíza Tanya Chutkan.

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Trump chegou ao tribunal pelas 15:18 (20:18 em Lisboa), para ser presente perante a juiza Moxila Upadhyaya e depor sobre as acusações de conspiração para tentar alterar os resultados eleitorais de 2020, após a sua derrota para Biden, declarando-se pelas 16:26 (21:26 em Lisboa) como “não culpado”.

À chegada ao aeroporto, depois da audição, Donald Trump reagiu ao processo, classificando o dia como "muito triste para o Estados Unidos da América". 

"Esta é a perseguição de uma pessoa que está a liderar por números muito, muito substanciais nas primárias republicanas e a liderar Biden por muito. Então, se vocês não podem vencê-lo, vocês perseguem-no ou processa-no", afirma Trump.

Recorde-se que, na terla-feira, Donald Trump foi acusado pelo procurador Jack Smith de estar por detrás de um "plano criminoso" e acusa o antigo presidente de ter tentado pôr em causa os pilares da democracia norte-americana, ao tentar alterar o processo de contagem dos votos.

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Trump é acusado de conspiração para defraudar os Estados Unidos da América, conspiração para obstruir um procedimento oficial, conspiração contra direitos, bem como obstrução e tentativa de obstrução de um procedimento oficial. 

Nas 45 páginas da acusação, os procuradores argumentam que o então presidente estava "determinado a permanecer no poder", depois de perder a eleição. "Mais de dois meses após o dia da eleição em 3 de novembro de 2020, o réu espalhou mentiras de que houve fraude na determinação do resultado eleitoral e que ele, de facto, tinha venceu”, pode ler-se na acusação.

Esta é a terceira vez que Trump é indiciado criminalmente. Smith já tinha indiciado Trump  na investigação de documentos confidenciais em junho e um grande júri de Manhattan já tinha acusado o ex-presidente por fraude comercial em março.

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