Um passageiro com dificuldades físicas ficou sozinho num avião no aeroporto de Manchester durante mais de duas horas. Depois de sair do avião, ainda teve de ligar à polícia e esperar mais uma hora para passar na fronteira porque não havia nenhuma autoridade no local. Durante aquele tempo, Daryl Tavernor sentiu-se como um “refém”.
O homem de 33 anos, que tem atrofia muscular espinhal, está agora a tentar utilizar este caso para chamar a atenção para as dificuldades de locomoção nos aeroportos. Quando chegou a Manchester vindo de Roma, Daryl Tavernor, que vinha acompanhado de um cuidador, ficou preso no avião, à espera dos serviços do aeroporto para o assistirem na saída do avião.
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"Todos os passageiros saíram o mais rápido que puderam. Para mim demora cerca de 10 a 15 minutos a ter assistência para sair. Mas eu e a tripulação ficámos ali mais duas horas", explicou ao Manchester Evening News.
Toda a situação foi também descrita no Twitter, onde o passageiro publicou um vídeo em que descreve o episódio, que o deixou “fisicamente magoado e emocionalmente esgotado”.
Arrived at MCR Airport with no special assistance to help get me off the plane for 2 hrs, then no Border Force agents to allow me entry for another hour, we had to call the Manchester Police to get them to T3! @TheSun@guardiannews@MENnewsdeskpic.twitter.com/KS35YEi9mx
— Daryl Tavernor (@DarylTavernor) May 26, 2022
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Após conseguir sair do avião, pelas 4:40 da madrugada, o homem teve de esperar ainda mais uma hora para passar o controlo fronteiriço, uma vez que não havia ninguém das autoridades no local.
Daryl Tavernor aproveitou depois o caso para chamar a atenção para um problema maior, referindo que a falta de pessoal nos aeroportos é algo muito comum, e que afeta particularmente as pessoas como ele, que têm de se deslocar em cadeiras de rodas.
“Para os passageiros em geral a falta de funcionários nos aeroportos são um grande problema agora, mas para os passageiros com deficiências sempre foi um problema, e está a ficar pior”, afirmou, em declarações ao The Guardian.
Em reação ao caso, o aeroporto de Manchester lamentou ouvir a “experiência desapontante do senhor Tavernor”.
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