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Covid-19: PCP questiona Governo sobre "falta de condições" de centro de vacinação em Beja

O PCP alega que o espaço tem “grandes aberturas para o exterior entre a cobertura e as paredes”, algumas delas “apenas lonas”, o que o torna, “em termos de conforto térmico, praticamente idêntico ao exterior, sendo que tem zonas em que chove no interior”.

O PCP questionou o Governo sobre a alegada “falta de condições de acolhimento e logística” no Centro de Vacinação de Beja, após receber queixas de profissionais de saúde e de utentes sobre o espaço.

A pergunta, dirigida à ministra da Saúde, Marta Temido, e divulgada esta segunda-feira pelo grupo parlamentar comunista, é subscrita pelo deputado do PCP eleito pelo círculo de Beja, João Dias, e também pela parlamentar do partido Paula Santos.

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Segundo os comunistas, o Centro de Vacinação de Beja, onde decorre a vacinação contra a covid-19 e a gripe sazonal, funciona no Pavilhão Institucional do Parque de Feiras e Exposições da cidade alentejana.

Este é o terceiro local a acolher o centro de vacinação, depois do Pavilhão João Serra Magalhães e de outro pavilhão no Parque de Feiras e Exposições de Beja, os quais apresentavam condições “muito precárias”, assinala o PCP.

Já o Pavilhão Institucional, que atualmente acolhe o centro de vacinação, é “um local muito mais amplo”, mas mantém “as mesmas carências dos anteriores em termos de logística” e é “pouco acolhedor”, frisa o partido.

O PCP alega que o espaço tem “grandes aberturas para o exterior entre a cobertura e as paredes”, algumas delas “apenas lonas”, o que o torna, “em termos de conforto térmico, praticamente idêntico ao exterior, sendo que tem zonas em que chove no interior”.

“Há enfermeiros a trabalhar com fatos de neve e aos utentes são disponibilizados aquecedores a óleo e cobertores”, afirma.

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O PCP diz que tem recebido queixas de profissionais de saúde e de utentes relativas “à falta de condições de comodidade e acolhimento” deste espaço.

As queixas dizem respeito “ao frio que se faz sentir dentro do pavilhão”, precisam os comunistas, alertando que “muitos profissionais enfrentam sérias dificuldades para exercer a sua atividade”.

Faltas de condições tecnológicas geram "desentendimentos"

Por outro lado, “as condições de informática são deficitárias por falta de computadores” e por “a qualidade de acesso à Internet” ser “obsoleta, levando a sucessivas paragens dos sistemas, o que prejudica o regular processo de vacinação”.

De acordo com o PCP, esta situação tem originado “desentendimentos entre os utentes e profissionais”, tendo a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) já colocado no local um elemento de segurança.

Entre outras questões, os dois parlamentares comunistas pretendem saber se o Governo tem conhecimento da situação e que medidas vai tomar para encontrar um local com condições de acolhimento adequadas.

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Contactada pela Lusa, fonte da ULSBA indicou que, na semana passada, foi instalado um conjunto de aquecedores a gás no centro de vacinação e iniciado o procedimento para a aquisição de equipamentos elétricos de aquecimento.

Também foram feitas melhorias nos gabinetes de vacinação, nomeadamente com a colocação de cobertura nesses espaços, e criadas condições para que, a partir de terça-feira, as pessoas já possam formar fila no interior do pavilhão, adiantou.

A mesma fonte disse desconhecer a existência de quaisquer problemas relacionados com os sistemas informáticos e a Internet.

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