O líder da Iniciativa Liberal (IL), João Cotrim de Figueiredo, revelou esta terça-feira que o Governo "não tem a intenção de voltar a confinar as atividades económicas", nem "proceder a restrições semelhantes às do passado".
Cotrim de Figueiredo esteve reunido com o primeiro-ministro, António Costa, com a situação da pandemia de covid-19 em Portugal em cima da mesa. À saída, em declarações aos jornalistas, mostrou-se "agradado" com "dois pontos positivos" abordados pelo Governo.
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Outro ponto positivo foi o facto de, pela primeira vez, aquilo que o Governo tem designado por autoavaliação de risco ter um papel mais importante do que teve no passado. Ou seja, devolver às pessoas a responsabilidade de elas próprias reconhecerem as situações da sua vida pessoal e profissional em que há maior risco", afirmou.
Já as divergências, contudo, prosseguiu o líder da IL, tiveram a ver com o facto do Governo "continuar a achar que é uma possibilidade exigir certificados ou testes para determinadas atividades" sem que tal seja decidido pelos promotores dessas mesmas atividades.
Exigência de teste além da vacina poderá voltarO deputado único liberal considerou que, "ao exigir testes para determinados eventos, como o caso da restauração, eventos culturais ou eventos religiosos" está-se "novamente a dizer que aquilo que estava no certificado, que a cobertura e a proteção vacinal não é suficiente", o que é uma "mensagem errada".
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Outro tema sobre o qual a delegação da Iniciativa Liberal esteve a "debater longamente" com António Costa foi "o aspeto da informação e da comunicação relativamente ao que se está a passar em termos pandémicos".
"As pessoas têm que continuar a ter noção de que a vacina é eficaz, sobretudo no que respeita a evitar internamentos e consequências graves da doença. A informação é importante no sentido de voltar a realçar a importância da boa ventilação, por exemplo, um tema pouco falado até aqui", apontou.
Cotrim Figueiredo defendeu que a matriz de risco seja redesenhada já que "em alguns aspetos essenciais está desatualizada", sendo um deles "o ponto de rutura do SNS".
Governo não pensa em alterar horários e limitar lotaçõesO tema do Natal também esteve em cima da mesa como um tema que gerou "preocupação". Nesse sentido, a IL referiu que a gestão de pandemia" não se pode fazer apenas com base no medo do que correu mal" e que a situação pandémica atual "é muito diferente".
As medidas não podem ser as mesmas e nesse sentido estamos muito satisfeitos que não haja vontade de confinar atividades económicas, alterar horários, limitar lotações, mas isso também não pode levar ao ponto de exigir testes feitos à porta de determinadas atividades"
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