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EUA e Coreia do Sul lançam oito mísseis em resposta aos oito lançados ontem pela Coreia do Norte

Ensaio recorde feito pelo regime de Kim Jong-Un deixa Seul, Tóquio e Washington em alerta. Japoneses testaram a capacidade de resposta dos seus sistemas anti-míssil, e sul-coreanos e americanos lançaram mísseis táticos de precisão

Os Estados Unidos e a Coreia do Sul lançaram na madrugada desta segunda-feira (domingo à noite em Portugal) oito mísseis de curto alcance, em resposta a um lançamento semelhante feito no domingo pela Coreia do Norte.

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O regime de Kim Jong-Un disparou ontem oito mísseis balísticos durante um período de cerca de meia hora, um número sem precedentes quando se analisam os registos de lançamentos de mísseis por parte da Coreia do Norte. Antes do ensaio de ontem, Pyongyang já havia lançado sete e cinco mísseis no mesmo dia. O novo recorde diário acompanha um outro: este ano, este foi o 17º ensaio de mísseis por parte da Coreia do Norte, o que significa um ritmo sem precedentes.

O ensaio de domingo envolveu disparos a partir de várias regiões da Coreia do Norte, e aconteceu um dia depois de ter terminado um conjunto de exercícios navais conjuntos da armada norte-americana e sul-coreana.

Segundo a agência de notícias da Coreia do Sul, a resposta conjunta de Seul e Washington consistiu no lançamento de oito mísseis táticos terra-terra, lançados em 10 minutos, durante madrugada. Foi, de acordo com a mesma fonte, uma “demonstração da capacidade e prontidão para desenvolver um ataque de precisão” contra os locais de lançamento de mísseis da Coreia do Norte.

As autoridades japonesas anunciaram entretanto que, após os oito mísseis lançados por Pyongyang, houve exercícios de simulação conjuntos com os norte-americanos, para testar a capacidade de resposta a um eventual ataque da Coreia do Norte.

O lançamento de oito mísseis balísticos por parte do Norte poderá ser um ensaio para “ataques de saturação”, com lançamento de vários projéteis em simultâneo, pondo à prova a capacidade de defesa do Japão. O país tem um programa de defesa anti-míssil em conjunto com os EUA, que conjuga sistemas Aegis baseados no mar e sistemas Patriot no solo, mas, segundo peritos, poderá ser vulnerável a ataques de saturação, escrevia ontem o Japan Times.

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