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Comandos acabam com o treino da desidratação

REVISTA DE IMPRENSA. Dados da NATO, citados pelo comandante do Batalhão de Formação do Regimento de Comandos, apontam que esta preparação causa “lesões irreversíveis”

Os comandos deixaram de treinar a sede dos instruendos, noticia o jornal Expresso esta sexta-feira. Esta preparação, conjugada com o calor, levou à morte de dois militares em 2016.

O treino de desidratação, que o semanário afirma ser uma “tradição dos comandos”, já não se realiza. “A sede não se treina”, afirma à publicação o tenente-coronel Ricardo Camilo, comandante do Batalhão de Formação do Regimento de Comandos.

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“Dados estatísticos da NATO dizem que, de cada vez que treinamos a sede, estamos a criar lesões irreversíveis. Hoje sabemos isso”, completa.

Outras medidas para a mitigação dos riscos são a realização de quatro consultas ao longo das 14 semanas de duração do curso e a monitorização da cor da urina. Ainda assim, Ricardo Camilo garante que a dureza da prova se mantém.

“Não queremos desvirtuar a instrução, mas também não estamos agarrados ao passado”, garante. Por seu turno, o coronel Pereira Cancelinha salienta, em declarações ao mesmo jornal, que “não se podem repetir os mesmos erros”.

“O que fazíamos era disciplinar o consumo da água. Agora, a grande mudança é partilhar a responsabilidade com o instruendo, que tem de gerir a água e pedir para repor o stock”, afirma.

Em 2016, Dylan da Silva e Hugo Abreu, à data dos factos com 20 anos, morreram e outros instruendos sofreram lesões graves e tiveram de ser internados no decurso da “prova zero”.

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