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Ativistas interrompem peça de teatro no São Luiz. "A guerra atual não pode ser compreendida com distanciamento emocional"

Protesto surgiu na sequência de diversas ações ao longo das últimas semanas, como o bloqueio de várias ruas e estradas, o arremesso de tinta ao ministro do Ambiente e ao ministro das Finanças

Ativistas da Climáximo interromperam este domingo o início da peça de teatro “Europa”, no Teatro São Luiz. A história, escrita por David Greig sobre a guerra civil nos países dos Balcãs, conta as vivências de uma pequena aldeia da antiga Jugoslávia.

Esta intervenção é justificada pela Climáximo "porque a guerra atual que os governos e as empresas declararam contra as sociedades e o planeta não pode ser compreendida com um distanciamento emocional e pessoal ao assunto".

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"Esta peça é sobre nós, sobre a nossa normalidade, sobre a nossa cumplicidade, sobre a nossa responsabilidade coletiva. Eles estão a destruir tudo que amamos. Neste preciso momento. Deliberadamente. De uma forma coordenada. São as pessoas comuns que têm de assumir a sua responsabilidade, deixar de dar consentimento ao genocídio e ecocídio, e resistir à destruição da civilização", afirmaram os ativistas climáticos.

Em comunicado, o coletivo afirma que "há várias formas de pensar em guerra na Europa: algo que acontece “lá”, num lugar abstrato; algo que acontecia “antes” e que agora já não acontece “cá”; algo com o qual os países europeus não têm nada a ver; algo que às vezes impacta os países europeus mas sobre o qual eles não têm responsabilidade".

Todas estas formas "são erradas no contexto da crise climática: continuando o seu modelo económico baseado no capital fóssil, os países europeus são responsáveis por armas de destruição em massa. As cheias na Líbia, os incêndios na Argentina, os tufões na China e a seca no Algarve são bombas atiradas que destroem casas, vidas e ecossistemas. Manter o atual sistema económico é um acto deliberado de violência contra as sociedades de hoje e do futuro", afirmam ainda.

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