O ministro da Defesa japonês, Nobuo Kishi, afirmou que cinco mísseis disparados pela China durante os exercícios militares que visam Taiwan atingiram a zona económica exclusiva do Japão, avança a agência Reuters.
Recorde-se que, esta quinta-feira, o ministério da Defesa de Taiwan já tinha alertado para as "ações irracionais que minam a paz regional" por parte da China, depois do Exército de Libertação Popular ter disparado "múltiplos mísseis balísticos" nas águas que circundam a ilha de Taiwan.
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Alguns dos mísseis caíram perto das ilhas de Matsu, Wuqiu, Dongyin, no Estreito de Taiwan, junto ao continente do que da ilha principal de Taiwan.
A China também confirmou o lançamento de mísseis, explicando ter-se tratado de “um ataque com mísseis convencionais multirregionais e de vários modelos em águas predeterminadas da parte leste da ilha de Taiwan”.
“Toda a missão de treino de fogo real foi concluída com sucesso e o controlo da área aérea e marítima relevante foi suspenso. Todos os mísseis atingiram o alvo com precisão”, adiantou a mesma fonte.
A televisão estatal chinesa, a CCTV, já tinha anunciado, esta quinta-feira de manhã, que a China ia dar início a exercícios militares, com fogo real, nas imediações de Taiwan, acrescentando que a operação vai durar até domingo.
Este escalar de tensões na região acontece depois da visita a Taiwan da líder do Congresso norte-americano, a democrata Nancy Pelosi, algo que é visto pela China como o atravessar de uma linha vermelha, uma vez que pode sinalizar um apoio à independência da ilha por parte dos Estados Unidos da América.
A China considera Taiwan parte integral do seu território e, embora o arquipélago recuse a liderança comunista e defenda os princípios democráticos, os Estados Unidos da América guiam-se pela "política de Uma China" e não reconhecem a independência de Taiwan.
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