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Cotrim > Bugalho; Abascal > Costa > Sánchez; 25 Novembro > 25 de Abril: as revelações de um dos vice-presidentes do Parlamento (Chega)

Diogo Pacheco de Amorim prefere ter um espanhol (mas um em específico) em vez de António Costa a presidir ao Conselho Europeu (mas ainda assim prefere Costa a outro espanhol em específico). Considera Bugalho um erro da AD e Cotrim de Figueiredo uma ameaça maior para tirar votos ao Chega. E Diogo Pacheco de Amorim não desce a Avenida da Liberdade, em Lisboa, no 25 de Abril mas está disponível para fazê-lo no 25 de Novembro

Diogo Pacheco Amorim diz preferir "Costa a Sánchez" na corrida à presidência do Conselho Europeu, mas se a questão se colocar entre Santiago Abascal e António Costa a resposta já muda. O vice-presidente do Parlamento explica que  "não sabemos ainda quem poderá mais estar na corrida, portanto não lhe posso adiantar, porque podem estar na corrida mais quatro ou cinco Pedro Sánchez", mas se a corrida for entre os dois, Costa é o escolhido.

"Se me pergunta se prefiro o António Costa ao Pedro Sánchez, prefiro. Quer politicamente, quer pessoalmente. Não sabemos ainda quem poderá mais estar na corrida, portanto não lhe posso adiantar, porque podem estar na corrida mais quatro ou cinco Pedro Sánchez. Entre Abascal e Costa, Abascal. O meu nacionalismo não é cego, eu não sou nacionalista cego. Do ponto de vista ideológico e com os combates ideológicos que se vão travar no Parlamento Europeu e nos corredores de Bruxelas, eu preferiria um correligionário meu, ainda que espanhol, a António Costa. Não tendo nada contra António Costa", afirma em entrevista ao Observador.

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Comentando a escolha de Sebastião Bugalho pela Aliança Democrática, considera que "não será a pessoa mais adequada" para o cargo. "Tenho o máximo apreço pessoal por ele, é um ótimo comentador, corajoso. Se eu estivesse na AD, se liderasse a AD, nunca faria essa escolha. Há qualquer coisa que não bate certo entre o que é a AD estruturalmente, a história da AD e a figura de Sebastião Bugalho. Eu sei que pretenderam fazer um apelo à juventude, e particularmente à juventude que tem votado no Chega, mas acho que isso não vai funcionar. Não acredito que um jovem de 18, 19, 20 ou 25 anos se reveja no Sebastião Bugalho. Foi uma escolha errada, a intuição diz-me que foi uma escolha errada."

Considerando que o candidato da AD não tem "experiência de terreno", Pacheco de Amorim diz ainda que João Cotrim Figueiredo "poderá conquistar mais votos do que Sebastião Bugalho".

"Talvez ache mais importante o 25 de Novembro"

Outro dos assuntos abordados durante a entrevista ao Observador foram os 50 anos do 25 de Abril, com Pacheco de Amorim a afirmar que comemora "25 de Abril tal como se como deveria comemorar o 25 de Novembro". "Entendo que são duas datas que não se podem separar uma da outra. O 25 de Abril acabou com um regime autoritário, só que correu o risco de nos passar diretamente para um regime totalitário, o que é bem pior. Portanto, não consigo separar as duas datas, há muitos anos que se tenta esquecer o 25 de Novembro e isso reflete bastante o poder que nos últimos anos a esquerda e a extrema-esquerda têm tido."

O deputado do Chega considera que Portugal não teria conseguido "ter uma data sem a outra" e argumenta que o "o 25 de Abril foi um primeiro passo". "Sem o 25 de Abril, provavelmente tudo seguiria na mesma - ou não sabemos como é que as coisas se teriam desenvolvido. A verdade é que, também sem o 25 de Novembro, nós tínhamos caído, inevitavelmente, num regime totalitário de esquerda. Eu talvez ache mais importante o 25 de Novembro porque eu vivi aquele período conturbado entre o 25 de Abril e o 25 de Novembro. Não gostaria de viver outra vez, nem gostaria que os portugueses o vivessem. Assim sendo, o 25 de Novembro é pôr um ponto final a uma tentativa totalitária da esquerda e da extrema-esquerda de se apossar do Estado e da máquina do Estado", diz.

Questionado porque é que o Chega não desce a Avenida da Liberdade no dia 25 de Abril, o vice do Parlamento diz que "a Avenida da Liberdade foi tomada pela esquerda e é simbolicamente da esquerda" e que "a direita muito mais rapidamente descerá a Avenida da Liberdade no dia 25 de Novembro do que no dia 25 de Abril". "Isto é um facto.”

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