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Há 15 anos que não havia tão poucas casas para comprar em Portugal

Áreas metropolitanas de Lisboa e Porto concentram praticamente metade da oferta, mas é nelas que a contração da oferta disponível é mais notória

O número de casas para venda atingiu, em 2022, mínimos de 15 anos. Segundo um estudo da Confidencial Imobiliário, no último trimestre do ano passado estavam no mercado cerca de 47.200 fogos para venda. Destes, 17.600 são novos e 29.600 são usados.

A consultora destaca que este é o volume trimestral de oferta “mais baixo desde meados de 2007”, dando continuidade a dois anos de sucessivas quedas na carteira de casas disponíveis para venda. No início de 2021, por exemplo, existiam cerca de 63 mil fogos disponíveis para mudar de mãos.

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As duas áreas metropolitanas, de Lisboa e Porto, comprovam esta dinâmica, concentrando mais de metade da oferta disponível.

Na Área Metropolitana de Lisboa, existiam 20.700 habitações para venda no final do ano passado. O número é também ele um mínimo de 15 anos. A título de comparação, em 2009, a oferta trimestral era praticamente o dobro, superior a 50 mil casas.

Já na Área Metropolitana do Porto, o último trimestre de 2022 fechou com pouco mais de 7.000 casas para venda. Embora, neste caso, não seja o valor mais baixo dos últimos 15 anos, há também quebra. Entre 2009 e 2012, a região chegou a ter um “stock” de 20 mil fogos por trimestre

“A tendência de redução da oferta tem sido visível tanto na habitação nova como na usada, refletindo a dupla circunstância de existir uma baixa capacidade de reposição de produto novo e uma procura em expansão, o que tem resultado também num elevado ritmo de absorção dos fogos existentes. Esta falta de oferta estrutural continua a ser uma das principais razões para que o ritmo de valorização se mantenha tão elevado”, justifica Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário.

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