Já fez LIKE no CNN Portugal?

Moedas quer centro de acolhimento de imigrantes em Lisboa “o mais depressa possível"

Neste âmbito, Carlos Moedas revelou que ainda hoje vai ter uma reunião com o ministro da Presidência, António Leitão Amaro

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), congratulou-se esta terça-feira com o Plano de Ação para as Migrações, apresentado na segunda-feira pelo Governo (PSD/CDS), e defendeu um centro de acolhimento temporário de imigrantes “o mais depressa possível".

“Temos que ter um centro de acolhimento porque estas pessoas [imigrantes] chegam aqui, não podem estar em Arroios em tendas, isto é doloroso, é inaceitável, e o presidente da câmara não pode fazer nada porque a maior parte delas não está documentada”, afirmou Carlos Moedas, à margem de uma reunião sobre o impacto económico da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

PUB

Lembrando o pedido para criar um centro de acolhimento temporário, o autarca de Lisboa manifestou-se “muito contente” que o Governo tivesse anunciado essa medida no âmbito da apresentação do Plano de Ação para as Migrações.

“Vamos poder ter um centro de acolhimento temporário. A câmara pode ir para lá investir, fazer as obras. Eu só preciso que o Governo me diga onde é que é. Portanto, já tem alguns sítios identificados, vamos trabalhar nesse sentido e, rapidamente, temos um centro em que estas pessoas quando chegam têm a AIMA [Agência para a Integração, Migrações e Asilo], têm a câmara municipal, têm a proteção civil, têm a Cruz Vermelha, têm a Santa Casa [da Misericórdia de Lisboa] e todos juntos tentarmos resolver”, indicou.

Neste âmbito, Carlos Moedas revelou que ainda hoje vai ter uma reunião com o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, ressalvando que o local para o centro de acolhimento temporário de imigrantes “é uma escolha do Governo”, até porque a Câmara Municipal de Lisboa “não tem nenhum local para isso”, mas reforçando que a decisão deve ser tomada “o mais depressa possível”.

PUB

“Foi nesse sentido que eu pedi ao Governo [para] encontrar um antigo quartel ou um antigo hospital que pudesse acolher provisoriamente. Nós estamos aqui a falar num centro temporário para receber as pessoas com dignidade”, sublinhou o autarca, referindo que “há vários potenciais locais”, inclusive o antigo hospital militar de Belém.

O presidente da câmara recordou ainda que há um ano que reclama por “uma política de imigração com dignidade” em Portugal, porque “essa política não existia” e a falta de proteção dos imigrantes “multiplicou as redes de tráfico, considerando que o plano apresentado pelo Governo vem responder a essa necessidade.

Com o Plano de Ação para as Migrações, o Governo pôs fim ao regime excecional que permitia a um estrangeiro entrar em Portugal e só depois pedir autorização de residência e anunciou a criação de uma estrutura de missão para regularizar processos pendentes, estimados em 400 mil.

PUB