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“Os animais sentem o calor como nós”. Saiba como proteger o seu animal das altas temperaturas em casa e na rua

Da hidratação em casa aos passeios na rua, passando por dicas para os vestir nos dias mais quentes, são vários os cuidados que os veterinários apontam para ajudar o seu animal a enfrentar melhor o calor.

Cães, gatos, pássaros, hamsters. "Os animais domésticos sentem o calor como nós", garante a veterinária Daniela Moreira.

Não sabe como ajudá-los? A CNN Portugal falou com dois especialistas, que explicam os cuidados a ter com os animais quando os termómetros atingem temperaturas elevadas.

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O que fazer em casa?

Certifique-se de que tem sempre água fresca

A água é muito importante para o seu animal. Ao contrário de nós, a maioria dos animais - como os cães e os gatos - não têm a "capacidade de suar", mantendo "a temperatura através da respiração", explica o veterinário Nuno Paixão, pelo que a água é essencial para eles.

Mas não chega dar-lhe água - há outros cuidados a ter. "A água deve ser fresca e mudada de forma regular", aconselha Daniela Moreira, a também diretora clínica da Animavet Daniela Moreira, apelando ainda à não exposição do líquido ao sol.

Atenção à ração

Com as temperaturas elevadas, a comida, principalmente a das aves e a dos hamsters, pode "degradar-se mais facilmente", explica Daniela Moreira. Por isso, a ração que vai sobrando no recipiente deve ser devidamente verificada antes de o seu animal voltar a alimentar-se, para não correr o risco de lhe fazer mal.

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Mantenha-o fresco dentro de casa

Uma "boa ventilação" é um dos melhores aliados para manter os animais frescos e protegidos do calor dentro de casa, garante a diretora clínica da Animavet.

Assim, como sugere o veterinário Nuno Paixão, recorra a "ventoinhas e a janelas com corrente de ar" para o ar circular pela casa. E não se esqueça da temperatura amena, lembra Daniela Moreira.

Afaste-o do sol (a menos que ele não queira)

O seu animal deve estar protegido da exposição solar. Se tem um pássaro, por exemplo, a gaiola deve ser colocada estrategicamente, de modo a evitar que apanhe sol.

Porém, o médico veterinário Nuno Paixão alerta: "É importante que consigam deslocar-se por vontade própria". Se os animais estão ao sol e não se movem para um local com sombra é, como esclarece, porque "estão bem e confortáveis". Atenção, no entanto, a animais que sofram de patologias cuja exposição solar possa ser prejudicial.

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E quando saem à rua?

Passeios só nas horas de menor calor

Evite levar o seu animal a passear nas horas de maior calor, entre as 11:00 e as 17:00 horas, aconselha Daniela Moreira. O ideal é levá-lo à rua de manhã, ao fim da tarde ou à noite.

E o seu animal estiver habituado a passeios nas horas mais críticas? A diretora clínica da Animavet aconselha: "Se já tiver essa rotina de passeio, deve assegurar-se de que é um passeio muito curto e deixar os mais prolongados para depois".

Verifique a temperatura do chão

Ponha a mão no chão durante cinco segundos e, se for tolerável para si, não há problema para o animal. Esta é a técnica da veterinária Daniela Moreira para evitar que o animal queime as patas quando sai à rua.

Os animais não têm proteção nas patas, pelo que Nuno Paixão, veterinário, sugere o uso de botas almofadadas específicas para que as patas fiquem protegidas das altas temperaturas.

Mantenha-o hidratado durante o passeio

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Mesmo no momento de ir à rua, a água não pode faltar, por isso, apetreche-se de bebedouros portáteis ou até de cubos de gelo, diz Nuno Paixão. 

O veterinário aconselha-o também a deixar o animal nadar, se for o caso e se ele o souber fazer, alertando para a necessidade de o vigiar, de modo a evitar o afogamento.

Vista-o apenas se for para o refrescar

Vestir os animais não é recomendável com as temperaturas elevadas, diz Nuno Paixão. Para o médico veterinário, há apenas uma exceção: se o objetivo for refrescá-los, as roupas são bem-vindas.

"Hoje já há coletes refrigerantes no mercado", exemplifica, assegurando que estes mantêm o tórax fresco e ajudam, por isso, os animais a lidar melhor com o calor.  A trela, por sua vez, deve manter-se, enquanto o açaime adotado, se for o caso, deve ser de cesto, permitindo que o animal abra a boca e também que continue a beber água.

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Não deixe o animal dentro do carro

O seu animal não deve ser deixado no interior de um veículo, nem mesmo se for por uns minutos. O clima dentro do carro pode ser prejudicial para ele, explica Nuno Paixão, já que, como consequência, provoca a subida da temperatura corporal.

A diretora clínica da Animavet alerta para danos graves, que podem levar à morte do animal.

Há ainda sinais de alerta aos quais deve estar atento este verão:

- Arfar muito intenso; - Língua azulada e "em forma de concha"; - Incapacidade de andar; - Desorientação; - Desmaio; - Vómito e diarreia.

Todos estes são sintomas de um "golpe de calor", como explica a veterinária Daniela Moreira. Em causa está "uma condição que se não for tratada atempadamente é mortal" e que acontece quando "a temperatura corporal do animal aumenta para os 40º/41º celsius e o corpo não consegue arrefecer".

Passeios prolongados nas horas de maior calor e permanecer no interior de um veículo, mesmo que por pouco tempo, podem levar ao "golpe de calor".

Se tal acontecer com o seu animal, dizem os especialistas, deve colocá-lo num ambiente fresco, molhá-lo até a temperatura descer. Se necessário, leve-o ao hospital.

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