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Oito adeptos do Benfica ficam em prisão preventiva

Medidas de coação para os adeptos benfiquistas detidos na passada quarta-feira foram divulgadas este sábado. Ficam em prisão preventiva apenas os suspeitos de agressão sexual

Oito dos 13 membros ligados à claque do Benfica que foram detidos numa megaoperação da PSP, na passada quarta-feira, ficam em prisão preventiva, por serem suspeitos de agressão sexual de um menor. Os outros cinco estão obrigados a apresentações periódicas diárias às autoridades.

As medidas de coação foram divulgadas este sábado e correspondem ao que tinha sido pedido pelo Ministério Público. Os adeptos obrigados a apresentações periódicas estão ainda impedidos de se aproximarem de recintos desportivos e de contactarem arguidos, testemunhas ou outros elementos da claque benfiquista "No Name Boys".

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Na passada quarta-feira, decorreu uma megaoperação policial na grande Lisboa, com mais de duas dezenas de buscas e 30 detenções de elementos ligados às claques do Benfica e do Sporting, por uma série de crimes graves que estão enquadrados na violência no desporto - como agressões em grupo e roubos, a adeptos dos próprios clubes e rivais, nas imediações dos estádios da Luz e de Alvalade.

Em comunicado, a PSP deu conta do cumprimento de "29 mandados de detenção emitidos por autoridade judiciária, bem como a 30 mandados de buscas domiciliárias, na área da Grande Lisboa e margem sul do Tejo", estando a ser "investigadas situações de agressões, entre grupos de adeptos e contra a polícia, crimes de roubo, dano qualificado e participação em rixa".

A operação da PSP foi articulada com a unidade especial de combate ao crime violento do DIAP de Lisboa e ocorreu em processos diferentes, com a mesma realidade. De um lado, o fenómeno dos No Name Boys, claque do Benfica, e mais concretamente o subgrupo dos "Casuals", com elementos identificados por casos em que montam emboscadas até a jovens adeptos do próprio clube, que perseguem após jogos de futebol no estádio ou de modalidades no pavilhão da Luz. As vítimas são levadas à força para locais ermos onde acabam violentamente agredidas em grupo, de forma gratuita e por motivos fúteis, e roubadas. Ficam sem telemóveis, dinheiro e bens que transportem, como fios em ouro e prata.

Noutro lado da cidade, junto ao estádio de Alvalade, há crimes idênticos cometidos pelos "casuals" da claque leonina, a Juve Leo. Perseguições a adeptos de clubes rivais e do próprio Sporting, agressões em grupo, batalhas campais combinadas com claques de outros clubes - e também ataques à própria Polícia. Num caso recente, a 25 de julho do ano passado, após um jogo entre o Sporting e o Sevilha para o troféu 5 Violinos, lançaram pedras e garrafas contra agentes da PSP que patrulhavam a zona do estádio e fizeram três feridos. Pelo menos um dos polícias teve de ser assistido no hospital. 

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